UOL


São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Indústria alimentícia impulsiona o mercado de trabalho em Marília

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA

Se comer é essencial, produzir alimentos pode ser um bom negócio. O foco na indústria alimentícia é uma das razões para que o nível de emprego na região de Marília (444 km a noroeste de São Paulo) tenha crescido 4% nos últimos 12 meses. Na cidade de São Paulo, o nível de emprego acumulou queda de 2,83%.
"A indústria alimentícia, pelo próprio crescimento vegetativo do mercado interno, acaba crescendo também", diz Paulo Boechat, diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) da região de Marília. A Adima (Associação das Indústrias Alimentícias de Marília) reúne 42 empresas na região.
Segundo o empresário, a migração de empresas do setor para o município, como foi o caso da Nestlé há um ano, e a ampliação das vendas para o mercado externo também influenciaram positivamente o nível de emprego.
A Yoki Alimentos, que emprega atualmente 280 pessoas na unidade de Marília, iniciou em agosto a construção de uma nova planta industrial, que irá absorver a unidade de Pompéia (474 km a noroeste de São Paulo). A previsão é ampliar em 40% o número de empregos no município.
"O setor alimentício é o último a entrar na crise e o primeiro a sair dela", afirma José Barion Júnior, diretor administrativo e de Recursos Humanos da indústria de alimentos Dori.
Para o empresário, ex-diretor regional do Ciesp na região, a criação de um grupo de discussão e apoio ao desenvolvimento do município -envolvendo entidades como a associação comercial, prefeitura, Sesi, Senai e sindicatos- foi o diferencial para o crescimento da indústria e o consequente aumento de empregos.
"Há um jogo conjunto na busca pela melhoria de qualidade e produtividade. Ao mesmo tempo que as empresas baixam a guarda e não vêem as outras só como concorrentes", disse o empresário.
O Grupo de Entidades de Apoio ao Desenvolvimento foi criado formalmente em 2000 e reúne representantes de todos os setores da indústria local. O pólo metalúrgico de Marília, apesar de não ter contratado nos dois últimos anos, constitui a maior fonte de arrecadação de impostos do município. Mas é a indústria de alimentos a que mais emprega.
A vocação para a indústria de alimentos de Marília surgiu a partir da década de 50, com a mudança da fronteira de cultivo da soja. Desde 1998, Marília se autodenomina a "Capital Nacional do Alimento" -título aprovado pela Câmara Municipal da cidade.


Texto Anterior: "Pé de Meia": Exportação "salva" fábrica de calçados
Próximo Texto: Frases
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.