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PIB dos EUA e ata do Copom marcam a semana
Período terá divulgação de vários indicadores relevantes
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma grande variedade de indicadores econômicos está na
agenda dos próximos dias e
promete mexer com o mercado
financeiro tanto no país como
no exterior.
A semana começa com a
apresentação do índice de atividade de setembro medido pelo
Fed (o banco central dos EUA)
na região de Chicago. No Brasil,
hoje sai o índice de confiança
do empresário industrial.
Amanhã, a bateria de dados
prossegue com a apresentação
do índice do setor manufatureiro, calculado pelo Fed de Michigan, e o resultado da confiança do consumidor norte-americano. Nesse dia, também
sai a pesquisa de preços de imóveis. Sinais de recuperação nesses preços seriam importantes
para o mercado financeiro.
Na quarta, saem números
das solicitações de empréstimos hipotecários feitas nos
EUA, o resultado de vendas de
imóveis novos e de encomendas de bens duráveis.
Ao comentar os eventos de
destaque da semana, o economista José Góes, da WinTrade,
diz que "os investidores devem
estar atentos ao desempenho
do PIB norte-americano, que
sairá na quinta-feira, ao resultado das contas públicas brasileiras na quarta-feira e à ata do
Copom, também na quinta".
A quinta-feira será o dia com
agenda mais carregada na semana. Nos EUA, sairá a primeira prévia do PIB do país no terceiro trimestre.
No Brasil, a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária, formado por
diretores e o presidente do
Banco Central) vai centralizar
as atenções nesse dia.
O documento, referente ao
penúltimo encontro do Copom
de 2009, trará explicações para
o fato de a taxa básica ter sido
mantida em 8,75% anuais na
semana passada.
A decisão do Copom não surpreendeu o mercado, que contava com a manutenção da taxa.
O que analistas e investidores
querem é encontrar sinais na
ata sobre o futuro dos juros.
O último boletim Focus, feito
a partir de pesquisa do Banco
Central com os bancos, mostrou que o mercado aposta em
Selic a 10,50% no fim de 2010.
Há um mês, a pesquisa mostrava a expectativa que a Selic estaria em 9,25% em dezembro
do próximo ano. Ou seja, cada
vez mais os analistas apostam
em juros maiores em 2010.
"Parece pouco provável que o
BC decida por uma elevação da
Selic ainda no primeiro semestre de 2010. Já para o segundo
semestre o quadro é um pouco
diferente", diz em relatório
Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
"Com a atividade crescendo
em ritmo acelerado ao longo de
2010, as expectativas de inflação para 2011 devem seguir trajetória ascendente. Sendo assim, esperamos que o BC dê início ao ciclo de aperto monetário no próximo ano, elevando a
Selic entre julho e dezembro.
Nesse cenário, encerraríamos
2010 com uma taxa de juros de
11,25% anuais."
Ainda na quinta-feira, a
Fiesp vai apresentar seus indicadores industriais de setembro -importantes sinalizadores do rumo da economia. Para
encerrar a agenda do dia, a FGV
(Fundação Getulio Vargas)
apresentará o IGP-M de outubro, para o qual se espera uma
alta de 0,13%.
No último dia da semana, as
atenções ficam voltadas aos
EUA. Por lá, indicadores de
rendimento e gastos pessoais
vão ser apresentados na sexta-feira. Os analistas estarão muito atentos ao PCE (índice inflacionário que acompanha os
gastos dos consumidores). Esse
é um índice muito relevante,
acompanhado de perto pelo
Fed, e que serve de sinalizador
do humor dos consumidores
norte-americanos.
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