São Paulo, segunda-feira, 26 de outubro de 2009

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PIB dos EUA e ata do Copom marcam a semana

Período terá divulgação de vários indicadores relevantes

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma grande variedade de indicadores econômicos está na agenda dos próximos dias e promete mexer com o mercado financeiro tanto no país como no exterior.
A semana começa com a apresentação do índice de atividade de setembro medido pelo Fed (o banco central dos EUA) na região de Chicago. No Brasil, hoje sai o índice de confiança do empresário industrial.
Amanhã, a bateria de dados prossegue com a apresentação do índice do setor manufatureiro, calculado pelo Fed de Michigan, e o resultado da confiança do consumidor norte-americano. Nesse dia, também sai a pesquisa de preços de imóveis. Sinais de recuperação nesses preços seriam importantes para o mercado financeiro.
Na quarta, saem números das solicitações de empréstimos hipotecários feitas nos EUA, o resultado de vendas de imóveis novos e de encomendas de bens duráveis.
Ao comentar os eventos de destaque da semana, o economista José Góes, da WinTrade, diz que "os investidores devem estar atentos ao desempenho do PIB norte-americano, que sairá na quinta-feira, ao resultado das contas públicas brasileiras na quarta-feira e à ata do Copom, também na quinta".
A quinta-feira será o dia com agenda mais carregada na semana. Nos EUA, sairá a primeira prévia do PIB do país no terceiro trimestre.
No Brasil, a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária, formado por diretores e o presidente do Banco Central) vai centralizar as atenções nesse dia.
O documento, referente ao penúltimo encontro do Copom de 2009, trará explicações para o fato de a taxa básica ter sido mantida em 8,75% anuais na semana passada.
A decisão do Copom não surpreendeu o mercado, que contava com a manutenção da taxa. O que analistas e investidores querem é encontrar sinais na ata sobre o futuro dos juros.
O último boletim Focus, feito a partir de pesquisa do Banco Central com os bancos, mostrou que o mercado aposta em Selic a 10,50% no fim de 2010. Há um mês, a pesquisa mostrava a expectativa que a Selic estaria em 9,25% em dezembro do próximo ano. Ou seja, cada vez mais os analistas apostam em juros maiores em 2010.
"Parece pouco provável que o BC decida por uma elevação da Selic ainda no primeiro semestre de 2010. Já para o segundo semestre o quadro é um pouco diferente", diz em relatório Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
"Com a atividade crescendo em ritmo acelerado ao longo de 2010, as expectativas de inflação para 2011 devem seguir trajetória ascendente. Sendo assim, esperamos que o BC dê início ao ciclo de aperto monetário no próximo ano, elevando a Selic entre julho e dezembro. Nesse cenário, encerraríamos 2010 com uma taxa de juros de 11,25% anuais."
Ainda na quinta-feira, a Fiesp vai apresentar seus indicadores industriais de setembro -importantes sinalizadores do rumo da economia. Para encerrar a agenda do dia, a FGV (Fundação Getulio Vargas) apresentará o IGP-M de outubro, para o qual se espera uma alta de 0,13%.
No último dia da semana, as atenções ficam voltadas aos EUA. Por lá, indicadores de rendimento e gastos pessoais vão ser apresentados na sexta-feira. Os analistas estarão muito atentos ao PCE (índice inflacionário que acompanha os gastos dos consumidores). Esse é um índice muito relevante, acompanhado de perto pelo Fed, e que serve de sinalizador do humor dos consumidores norte-americanos.

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