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Bradesco fará
vendas a prazo
na Casas Bahia
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Bradesco e a Casas Bahia,
as maiores empresas do país no
segmento em que atuam, assinaram ontem um acordo operacional na área de concessão
de crédito ao consumidor.
A parceria é inédita para a
Bahia, que nunca havia fechado contrato com bancos, e foge
dos moldes de negócios semelhantes, e de peso, já anunciados no setor. As lojas da rede já
operam hoje no novo sistema.
Nele, o Bradesco irá explorar
parte das vendas a prazo da rede ao se tornar o banco exclusivo de financiamento da varejista. A instituição, que fica livre
para fechar parcerias com outras varejistas, pretende, ao final do primeiro ano de operação com a Bahia, ter uma carteira de crédito de R$ 3 bilhões
(valor financiado a clientes).
Assim, ampliará o valor financiado para bens de consumo ao
ano -em R$ 15,5 bilhões hoje.
A Bahia, por sua vez, irá destinar menos de seus recursos
para o financiamento dos
clientes e afirma que investirá
esse capital na expansão. Com
isso, a rede revê a previsão para
inaugurações e receita. "Esperamos até um faturamento de
R$ 12 bilhões em 2005 e falávamos em R$ 10 bilhões. Quanto
às inaugurações, podem ser 80,
100, 120 pontos", disse Michael
Klein, diretor da rede.
Ao consumidor, funcionará
assim: o cliente passará pelo
crivo da bandeira Finasa, do
Bradesco, para pagar a prazo.
Se o financiamento não for
aprovado, entra em cena a Bahia, que pode dar aval para a
venda, ficando com os riscos.
Para quem for aprovado pelo
Bradesco, o juro varia de 1,5% a
4,5% ao mês. Na Bahia, vai a
5,9%, "mas raramente chega ao
pico", diz Klein. O limite mínimo de concessão de empréstimo do banco será de R$ 100 milhões ao mês.
A parceria se distingue de outras feitas por empresas do setor neste ano. O grupo Pão de
Açúcar fechou um acordo com
o Itaú para que o banco financie seus clientes. Foi aberta
uma nova empresa para administrar a operação e o Itaú desembolsou R$ 380 milhões para a rede varejista pela exploração dos pontos.
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