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Bolsa de SP sobe 0,89% e alcança maior nível do ano
Economia dos EUA anima,
e ações sobem pelo mundo
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa cravou novo patamar recorde no ano após registrar valorização de 0,89% no
pregão de ontem. Aos 67.917
pontos, a Bolsa está agora em
seu mais elevado nível desde
junho de 2008. Isso significa
que os preços médios das ações
estão em seus patamares mais
altos em 17 meses.
Dados econômicos norte-americanos colaboraram, e os
mercados globais aproveitaram
para se recuperar das perdas de
terça-feira. A maioria das Bolsas terminou em alta ontem. O
índice americano Dow Jones
subiu 0,29%. A Bolsa de Londres teve valorização de 0,77%,
seguida por Frankfurt, que
marcou ganhos de 0,58%.
A diminuição no número de
pedidos de seguro-desemprego
na última semana nos EUA e o
aumento do consumo e da renda pessoal no país foram recebidos com animação.
"Os dados americanos serviram de motivo para o mercado
ter um pregão forte. O dia apenas não foi melhor devido à notícia envolvendo uma empresa
de Dubai. Como amanhã [hoje]
é feriado nos EUA, muitos investidores anteciparam as
compras", diz George Sanders,
gestor de renda variável da Infinity Asset. "Pode esperar por
um dia morno amanhã [hoje],
com grandes investidores internacionais fora do mercado."
O mercado foi surpreendido
pela notícia de que o conglomerado Dubai World anunciou
que busca congelar por seis meses o pagamento de sua dívida
bilionária.
Como tem ocorrido nos dias
positivos no mercado, as commodities se apreciaram e o dólar perdeu valor. No mercado
de câmbio doméstico, a moeda
americana encerrou com queda de 0,58%, cotada a R$ 1,726.
O índice Ibovespa passou a
acumular valorização de
10,35% em novembro. No ano,
os ganhos chegam a 80,87% -a
mais forte alta desde os 97,3%
registrados em 2003.
Os papéis de Vale e Petrobras, que representaram aproximadamente 25% do total negociado na Bolsa de Valores de
São Paulo ontem, terminaram
com ganhos, em sintonia com o
resultado das commodities.
Enquanto o barril do petróleo subiu 2,55% em Nova York,
cotado a US$ 77,96, as ações
preferenciais da Petrobras terminaram com alta de 0,76%.
Vale PNA subiu 0,62%.
A decisão do governo de
manter medidas de estímulo à
economia, como a de prorrogar
a desoneração de IPI para o setor moveleiro e de material de
construção, colaborou para o
clima positivo no mercado. As
ações da Duratex, importante
fabricante de painéis de madeira, encerraram as operações
com ganhos de 4,18% -a terceira maior alta do dia.
Ações de bancos também se
destacaram: Itaú Unibanco subiu 1,83%, e Bradesco PN,
0,41%. Em relatório apresentado ontem, a agência Moody's
afirmou que os níveis de capitalização dos bancos brasileiros
suportaram bem a crise e tendem a melhorar ainda mais daqui para a frente.
Crédito e juros
No pregão de juros da BM&F,
o dia foi de alta nos contratos
mais negociados. Em meio à
notícia de que o crédito se expandiu mais fortemente em
outubro, a taxa de juros projetada nos papéis com vencimentos mais longos subiram.
No contrato que vence em janeiro de 2011, a taxa foi de
10,14% para 10,19% anuais. A
atual taxa básica da economia, a
Selic, está em 8,75% anuais. O
mercado espera que o Banco
Central volte a elevar os juros
no próximo ano.
Ontem o BC informou que a
relação entre o montante de
crédito no país e o PIB alcançou
o recorde de 45,9%.
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