São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Empresa tem resultado positivo no país

DA REPORTAGEM LOCAL

Na contramão das operações mundiais do grupo, assim como outras montadoras americanas, a GM no Brasil teve lucro em 2005. No último trimestre do ano, entretanto, o resultado positivo foi menor que o do mesmo período de 2004, o que, segundo a empresa, foi efeito do câmbio desfavorável para as exportações.
Para contornar esse impacto neste ano, a montadora pretende aumentar os preços de seus automóveis vendidos para outros países e reduzir exportações para destinos muito concorridos, segundo o presidente da GM do Brasil e Mercosul, Ray Young.
O lucro nos últimos três meses de 2005 da operação GM LAAM (América Latina, África e Oriente Médio), que é a segunda divisão mais lucrativa da montadora no mundo, foi de US$ 20 milhões, ante US$ 47 milhões no mesmo período do ano retrasado.
No ano todo, o resultado positivo somou US$ 124 milhões, ante US$ 85 milhões do ano retrasado. O Mercosul representa 60% das vendas dessa divisão e o Brasil, 55% do total.
De acordo com Young, o plano de reestruturação da GM não deve afetar o Brasil. "Temos desafios próprios, como lidar com o impacto da atual taxa de câmbio sobre a lucratividade das exportações", disse o executivo. Segundo o executivo, a empresa deixou de ganhar US$ 200 milhões em 2005 por causa do dólar desvalorizado.
"Pretendemos recuperar isso em 2006 aumentando os preços para exportação e reduzindo volumes para destinos onde o mercado está muito competitivo, como Egito, Índia e Venezuela."
No ano passado, a montadora já havia aumentado em 20% os preços dos automóveis para exportação por causa do câmbio. Só em 2006, já houve alta de mais 5%. "Daqui para a frente vai depender da taxa de câmbio".
A montadora fechou o ano com uma participação de mercado menor, devido ao lançamento do carro bicombustível, grande sucesso do mercado, somente no segundo semestre. A perspectiva é de uma alta de vendas de 5% neste ano. "Acredito que o mercado não será mais tão marcado por promoções, já que as vendas estão bem aquecidas", afirmou Young. (MAELI PRADO)


Texto Anterior: Automóveis: GM registra prejuízo de US$ 8,6 bilhões
Próximo Texto: Japonesas batem recorde de produção
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.