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Empresa tem resultado positivo no país
DA REPORTAGEM LOCAL
Na contramão das operações
mundiais do grupo, assim como
outras montadoras americanas, a
GM no Brasil teve lucro em 2005.
No último trimestre do ano, entretanto, o resultado positivo foi
menor que o do mesmo período
de 2004, o que, segundo a empresa, foi efeito do câmbio desfavorável para as exportações.
Para contornar esse impacto
neste ano, a montadora pretende
aumentar os preços de seus automóveis vendidos para outros países e reduzir exportações para
destinos muito concorridos, segundo o presidente da GM do
Brasil e Mercosul, Ray Young.
O lucro nos últimos três meses
de 2005 da operação GM LAAM
(América Latina, África e Oriente
Médio), que é a segunda divisão
mais lucrativa da montadora no
mundo, foi de US$ 20 milhões,
ante US$ 47 milhões no mesmo
período do ano retrasado.
No ano todo, o resultado positivo somou US$ 124 milhões, ante
US$ 85 milhões do ano retrasado.
O Mercosul representa 60% das
vendas dessa divisão e o Brasil,
55% do total.
De acordo com Young, o plano
de reestruturação da GM não deve afetar o Brasil. "Temos desafios
próprios, como lidar com o impacto da atual taxa de câmbio sobre a lucratividade das exportações", disse o executivo. Segundo
o executivo, a empresa deixou de
ganhar US$ 200 milhões em 2005
por causa do dólar desvalorizado.
"Pretendemos recuperar isso
em 2006 aumentando os preços
para exportação e reduzindo volumes para destinos onde o mercado está muito competitivo, como Egito, Índia e Venezuela."
No ano passado, a montadora já
havia aumentado em 20% os preços dos automóveis para exportação por causa do câmbio. Só em
2006, já houve alta de mais 5%.
"Daqui para a frente vai depender
da taxa de câmbio".
A montadora fechou o ano com
uma participação de mercado
menor, devido ao lançamento do
carro bicombustível, grande sucesso do mercado, somente no segundo semestre. A perspectiva é
de uma alta de vendas de 5% neste
ano. "Acredito que o mercado
não será mais tão marcado por
promoções, já que as vendas estão
bem aquecidas", afirmou Young.
(MAELI PRADO)
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