São Paulo, sábado, 27 de janeiro de 2007

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Vaivém das commodities

ALESSANDRA KIANEK - akianek@folhasp.com.br

HIDRATADO
Pela terceira semana seguida, o preço do álcool nas usinas do Estado de São Paulo recuou. O litro do produto hidratado -que vai direto para o tanque do carro- ficou 1,3% mais barato nesta semana, sendo negociado, em média, a R$ 0,8332, sem impostos. Neste ano, o preço acumula queda de 1,2%.

ANIDRO
O litro do álcool anidro -que é adicionado à gasolina- também apresentou queda. Nesta semana, foi vendido das usinas para as distribuidoras, em média, a R$ 0,8642 (sem impostos), com queda de 1,1% em relação à semana anterior. Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq-USP.

ENTRESSAFRA
O comportamento do mercado de álcool no início deste ano está muito diferente do que foi em 2006. O período de entressafra e o aumento da demanda fizeram com que os preços subissem muito no início do ano passado. Hoje o litro do hidratado está 18% mais barato que em janeiro de 2006, enquanto o do anidro, 16% mais baixo.

EL NIÑO
O mercado mundial de café pode registrar déficit maior que o previsto na semana passada devido ao El Niño, que está afetando a Indonésia, segundo a Organização Internacional do Café. O déficit de 11 milhões de sacas previsto para o atual ano-safra não incluiu os possíveis danos causados pela seca gerada pelo El Niño na Indonésia.

ESTOQUES
De acordo com Néstor Osorio, diretor-executivo da OIC, o impacto do El Niño sobre a Indonésia é um grande problema e a safra será afetada. Segundo ele, o Brasil, o maior produtor de café, possui estoques de 10 milhões de sacas, uma baixa histórica, comparada aos 60 milhões da década de 50.

CARNE CARA
A arroba do suíno voltou a subiu ontem nos frigoríficos paulistas e chegou a ser negociada a R$ 40 em algumas praças. A recusa por parte de alguns frigoríficos em vender a carne pelos preços praticados pelo mercado e a ligeira melhora nas vendas justificam o aumento. Em uma semana, os preços acumulam alta de 3,8%.

COLHEITA AVANÇADA
As lavouras de feijão no Rio Grande do Sul estão adiantadas na colheita em três pontos percentuais sobre a média histórica, o que possibilita ao agricultor tempo maior para o preparo da safrinha de feijão ou de outra cultura, segundo a Emater.

BOA LAVOURA A colheita do feijão atinge 70% da área plantada no Rio Grande do Sul. A produtividade média, de 1.274 quilos por hectare, é considerada excelente, segundo a Emater.


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