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MERCADO FINANCEIRO
Saída de dólar derruba títulos da dívida
da Reportagem Local
O fluxo cambial bastante negativo -US$ 531 milhões até as
19h50- derrubou o C-bond,
principal título da dívida externa
brasileira, no final do dia.
O papel havia fechado a 50,25%
do seu valor de face na segunda-feira e registrou alta durante
boa parte do dia de ontem. Por
volta das 19 horas dava sinais de
que se estabilizara na casa dos
52%, quando os operadores começaram a notar que a saída de
dólares estava muito forte.
Foi o sinal para que os investidores começassem a vender e o
C-bond acabou fechando a 51%.
Os títulos da dívida externa são
negociados com deságio em relação ao seu valor de emissão.
Quanto maior o deságio, maior a
percepção de risco do país.
Bolsa
A Bolsa de Valores de São Paulo
fechou com forte alta de 6,34%. O
mercado acionário já abriu para
cima, corrigindo a alta registrada
pelo dólar na segunda-feira e na
manhã de ontem.
Mesmo quando o dólar cedeu,
na metade do dia, as ações continuaram a subir. Segundo operadores, o recuo do dólar foi percebido como um sinal de estabilização, o que estimulou os investidores a comprar ações.
Diante da forte desvalorização
acumulada pelo real, os ativos em
reais -como as ações- estão cada vez mais baratos em dólares, o
que estimula sua compra por
aqueles que vêm nisso uma boa
oportunidade de investimento.
Juros
No mercado futuro, o juro recuou. Os contratos de fevereiro,
que projetam os juros de janeiro,
fecharam a 2,08% ao mês, contra
2,35% na sexta-feira.
O BC manteve o juro do over
-mercado de um dia- a 32,5%
ao ano.
O governo fez dois leilões de títulos públicos. Ofertou e vendeu
um milhão de títulos do tipo
NTN-S, com vencimento em janeiro de 2000, a uma taxa média
de 40,77% ao ano e máxima de
41,07%. Esses papéis são conhecidos como "híbridos", porque pagam juro prefixado na primeira
semana e depois, até o vencimento, são corrigidos diariamente.
O governo ofertou 500 mil títulos cambiais (NTN-D), mas só
vendeu 150 mil. A taxa máxima foi
de 21,9% ao ano e a média ficou
em 20,89%. (VANESSA ADACHI)
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