São Paulo, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

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Argentina quer ajuda de Chávez em energia

Escassez é usada como argumento por Cristina Kirchner para justificar participação maior da Venezuela

ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES

Depois do fracasso da reunião de cúpula entre Argentina, Brasil e Bolívia, no sábado, em Buenos Aires, para discutir a distribuição do gás boliviano, a presidente argentina, Cristina Kirchner, afirmou ontem que é necessário incorporar a Venezuela ao Mercosul e à equação energética entre os países.
"Brigamos pelo ingresso da Venezuela no Mercosul. Alguns acreditaram que era uma defesa do presidente desse país, mas é pura racionalidade e está baseada na equação energética regional." A presidente afirmou que a Argentina terá energia no próximo inverno. No ano passado, houve falta de energia e cortes nas indústrias.
O vice-presidente da Bolívia, Alvaro García, disse que os bolivianos terão que adiar o contrato de fornecimento de gás aos argentinos de 2011 para 2012 ou 2013 porque não poderão cumprir com os volumes adicionais a partir de 2010. "Demos um golpe nas petroleiras e elas se ressentiram, nos boicotaram, nos ameaçaram", disse García, confirmando que

Da própria pele
Antes da reunião entre os mandatários, o presidente Lula não se mostrou otimista em relação à crise energética. Em entrevista gravada no sábado ao programa "Desde el Llano", transmitida pelo canal de notícias argentino TN, disse que em 2012 a Bolívia deve produzir cerca de 73 milhões de metros cúbicos de gás. Mas, até lá, será preciso tirar "da própria pele" a energia que falta.
"Até 2012, vamos ter que tirar [energia] quase que da própria pele para atender as necessidades do mercado argentino e do mercado brasileiro."


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