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Vendas em supermercados crescem 8,3%
Pesquisa da associação do setor mostra ainda que houve ampliação da participação das marcas líderes
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
As vendas nos supermercados mantêm o ritmo de crescimento, com aumento real de
8,63% em fevereiro e de 8,31%
no bimestre em comparação
com iguais períodos de 2007,
segundo a Abras (Associação
Brasileira de Supermercados).
Para o presidente da entidade, Sussumu Honda, o dado
surpreende porque a base de
comparação já era alta, de
6,05% no primeiro bimestre de
2007, que, por sua vez, era confrontada com uma queda de
1,84% no faturamento no mesmo intervalo do ano anterior.
A expansão, diz, mostra que o
consumo das famílias continua
em alta em 2008. No ano passado, o acréscimo chegou a 6,5%,
puxando o aumento de 5,4% do
PIB (Produto Interno Bruto).
Apesar disso, o presidente da
Abras manteve a previsão de alta no faturamento do setor para
2008 -em torno de 4,5%.
Para Marcos Escudeiro, da
GS&MD, consultoria especializada em varejo, o ritmo de expansão deverá diminuir no segundo semestre. A empresa estima crescimento anual de 6%.
O índice AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, permaneceu na casa dos
R$ 231 pelo terceiro mês consecutivo, o que aponta migração
dos gastos do consumidor para
produtos de maior valor agregado e aumento no volume.
Pesquisa feita pela Abras em
parceria com a Nielsen mostra
que a participação das marcas
líderes chegou a 27% das vendas no ano passado, contra
25,9% em 2004, puxada pela
maior inserção nos produtos
considerados de preços altos.
Nesse segmento, a parcela
conquistada pelas marcas líderes subiu de 36% para 45%.
João Lazzarini, diretor da Nielsen, argumenta que historicamente o nível dessa participação cresce em momentos de
maior atividade econômica, como o atual.
No entanto, outro dado indica que o peso individual dessas
marcas segue o caminho inverso. Em 2006, 30% delas tinham
mais da metade do mercado em
que atuavam, patamar que foi
reduzido para 15% no ano passado com a ampliação das categorias de produtos disponíveis
nas gôndolas dos supermercados e a concorrência acirrada.
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