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Relator da reforma tributária altera texto para beneficiar o RJ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O relator do projeto de reforma tributária na Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara, Leonardo Picciani
(PMDB-RJ), decidiu alterar o
texto original do governo para
atender ao pleito de seu Estado.
Na nova versão da reforma,
que deverá ser apresentada oficialmente hoje, o Rio e outros
produtores passam a poder cobrar 2% de ICMS sobre o petróleo vendido a outros Estados. A
mesma regra valerá para a
energia elétrica, o que beneficia, por exemplo, o Paraná.
Hoje, toda a tributação sobre
esses dois produtos fica integralmente com o Estado onde
acontece o consumo.
Nas transações interestaduais com as demais mercadorias e serviços, a receita do
ICMS é repartida entre o Estado de origem, que fica com a
maior parcela, e o de destino.
A regra diferenciada para
energia e petróleo e seus derivados foi incluída na Constituição de 1988 porque os Estados
produtores são poucos, e os
consumidores são todos. Em
compensação, os Estados produtores de petróleo ganharam
direito a royalties.
A reforma tributária propõe
transferir praticamente toda a
receita do ICMS para os Estados consumidores, como forma
de eliminar a guerra fiscal -a
disputa entre Estados para
atrair empresas por meio da
concessão de benefícios tributários.
O parecer de Picciani também deve passar do Confaz
(conselho formado pelos secretários estaduais da Fazenda)
para o Senado o poder de fixar
as alíquotas do novo ICMS sobre cada mercadoria ou serviço.
As duas modificações do deputado são rejeitadas, respectivamente, pela União e pelos Estados. A votação do texto deve ficar para a próxima semana.
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