COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Motorola deve ser dividida em duas empresas, uma de celulares e outra de infra-estrutura de banda larga.
A produção de telefones celulares é a maior divisão da empresa e teve vendas líquidas de US$ 19 bilhões no ano passado, 33% abaixo das de 2006. As unidades de "set-top boxes" (para TVs) e equipamentos de comunicações corporativos são menores, porém mais lucrativas e crescem mais aceleradamente. A decisão objetiva melhorar o retorno da empresa.
As vendas da Motorola caíram durante quatro trimestres seguidos, com a preferência dos consumidores pelos aparelhos da Apple e da Nokia, levando à pressão do acionista bilionário Carl Icahn pelo desmembramento da divisão de telefones celulares, criada há 25 anos.
No ano passado, a Motorola perdeu participação de mercado para as suas maiores concorrentes, por não ter sido capaz de lançar um sucessor para o celular Razr, criador da categoria de ultrafinos, em 2004.
"Após as vendas do Razr terem começado a diminuir, a estrutura de custo deles deixou de ser competitiva, especialmente agora que não têm os produtos certos para o mercado", disse Michael Walkley, analista da Piper Jaffray, em Minneapolis.