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Bernardo diz que gasto maior era previsto
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O ministro do Planejamento,
Paulo Bernardo, disse ontem em
Curitiba que o aumento de gastos
do governo neste primeiro trimestre de ano eleitoral "estava
previsto e anunciado".
Segundo ele, a partir de julho, as
restrições da legislação eleitoral e
da LRF (Lei de Responsabilidade
Fiscal) limitarão as ações do governo "ao básico".
"O que aceleramos de gasto [no
primeiro trimestre] estava planejado e anunciado no final do ano
passado", disse Bernardo.
Ele se referia ao relatório divulgado pelo Tesouro Nacional que
apontou aumento de 14,5% nos
gastos do governo no primeiro
trimestre de 2006, em relação a
2005.
"Os investimentos deste ano
têm que ser antecipados porque
temos as restrições da lei eleitoral,
que não permite fazer [novos]
gastos no segundo semestre e ainda temos a Lei de Responsabilidade Fiscal" afirmou o ministro.
Ele prosseguiu: "Como é o último ano do governo [Lula], tudo
[investimentos, novos gastos]
tem que ser feito antecipadamente". Normalmente, fora de anos
eleitorais, o governo gasta mais
no segundo semestre de cada ano
do que no primeiro.
Reforma
Bernardo fechou ontem à noite
o Congresso Paranaense da Indústria, que tratou também da
defesa da reforma política.
Ao abordar o tema, Bernardo
defendeu como "fundamental" a
questão do financiamento das
campanhas políticas e disse que
as reformas aprovadas pelo Congresso "são tímidas".
"Enquanto não tivermos campanhas financiadas de maneira
transparente, vamos continuar
tendo periodicamente escândalos
para saber como foi financiada a
campanha deste ou daquele candidato ou de todo mundo", disse.
Segundo Bernardo, "o Congresso tentou, mas fez mudanças tímidas. Não se avançou o suficiente, mas também [o assunto] é difícil e não quero colocar isso como
uma crítica [aos parlamentares]",
disse.
O presidente da Fiep, Rodrigo
Rocha Loures, disse que o Brasil
precisa de um novo modelo de
sistema político. Segundo ele, ""o
ciclo do atual sistema acabou e só
os políticos não se deram conta
disso".
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