DA SUCURSAL DO RIO

Diarista desde que chegou ao Rio, há oito anos, vinda de Campina Grande (PB), Maria José Costa voltou a estudar há dois anos e cursa o 1º ano do ensino médio numa escola pública em Copacabana, onde trabalha em duas casas de família. "Demorei muito para voltar a estudar. Estou bem atrasada, mas tentando recuperar o tempo perdido."
Além do fato de estudar (o que contribui para o aumento da escolaridade detectado pelo IBGE) e ser mulher, seu perfil coincide em outros pontos com o levantado pela pesquisa. Ela tem jornada de trabalho menor do que a média e não possui carteira de trabalho assinada. Sua renda, porém, difere da maior parte dos domésticos. Ganha, pelo menos, R$ 800 mensais -a média é de R$ 350,50. "Se tiver faxina todos os dias, dá para tirar R$ 1.000 por mês, mas é difícil."


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