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Fundo Brasil Sustentabilidade, do BNDES, chegará ao mercado com R$ 400 milhões
DA REDAÇÃO
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
finalizou os procedimentos para registro na CVM (Comissão
de Valores Mobiliários) do Brasil Sustentabilidade.
O fundo de private equity (de
investimento e participações)
vai financiar empresas, em geral de capital fechado, com potencial de lançar créditos de
carbono, afirma Otávio Vianna,
gerente da área de mercados de
capitais do BNDES.
Para Hajime Uchida, gerente-geral do departamento de
ambiente do Banco Sumitomo
Mitsui Brasileiro, há "muito
potencial" nesse tipo de fundo.
O BNDES vai aplicar R$ 100
milhões no Brasil Sustentabilidade. Outros R$ 300 milhões
serão captados no mercado.
Formatado para investidores
qualificados, não para pessoas
físicas, o fundo terá retorno pela venda dos créditos de carbono e da energia gerada pelos
projetos de MDL (Mecanismo
de Desenvolvimento Limpo).
Segundo Vianna, o fundo
propicia a chance de entrar no
mercado de carbono, sem correr todo o risco, pois o retorno
não virá apenas dos créditos.
Outros caminhos
Para pessoas físicas, no mês
passado, o banco Real anunciou o lançamento do Fundo
Floresta Real, com resultados
convertidos em créditos de carbono. Produto de renda fixa
com a meta de rentabilidade
superior à variação do CDI
(Certificado de Depósitos Interbancários), depois de quatro
anos, o cotista terá direito a valor financeiro correspondente
ao projeto de MDL da restauração da mata ciliar da bacia do
rio Juquiá, em Registro (SP). A
aplicação mínima para aplicação é de R$ 5.000. O fundo pretende chegar a R$ 250 milhões.
O Banco Sumitomo Mitsui
Brasileiro investe no filão da intermediação. Desde 2006, formata operações em que reúne
pequenos e médios projetos de
MDL para viabilizar o acesso ao
mercado internacional, sobretudo europeu e japonês, diz
Marcelo Alexander, gerente do
departamento de ambiente,
que também atua em outros
países da América do Sul.
As iniciativas relacionadas à
sustentabilidade ganham força
com parcerias internacionais.
Neste mês, a rede de hotéis
Marriott assinou com o governo do Estado do Amazonas um
acordo para viabilizar o programa de redução de emissões de
carbono da empresa.
Um fundo vai entrar em operação. Os dividendos serão investidos, até 2013, na reserva
do Juma, em Novo Aripuanã,
perto do rio Madeira.
Bronze para o Brasil
Os dados mais recentes do
Ministério da Ciência e Tecnologia mostram que a Organização das Nações Unidas conta
com 3.101 projetos em alguma
fase do ciclo de desenvolvimento, aprovação e registro. Desses, 891 foram registrados pelo
Conselho Executivo do MDL.
O Brasil conta com 280 projetos (9% do total mundial),
sendo 127 aprovados e registrados (13% do total). No país, 63%
dos projetos são de energia elétrica a partir de fontes renováveis -com biomassa e geração
hidráulica, de grande porte ou
PCH (pequena central hidrelétrica). Depois vêm suinocultura (15%) e aterros sanitários
(10%). Em número de projetos,
a liderança mundial está com
China (1.048) e Índia (874).
(GF)
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