São Paulo, terça-feira, 27 de abril de 2010

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EUROPA

Alemanha pede arrocho fiscal na Grécia para aprovar ajuda

DE GENEBRA

A União Europeia voltou a se desentender sobre o pacote de ajuda à Grécia, apesar das reiteradas promessas de que não faltará ao vizinho ante a necessidade de ação para manter a força do euro. Enquanto França e Itália pedem rapidez, a Alemanha quer maior compromisso de Atenas com o arrocho fiscal.
Os mercados viram o ruído como mau sinal, catapultando o ágio sobre os títulos da dívida grega para mais de 13% (no papel que vence em dois anos).
A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu apoio a seu Parlamento, enquanto a ministra francesa da economia, Christine Lagarde, reiterava a agências de notícia que tempo era "a essência" do plano de resgate. A presidência rotativa do bloco, neste semestre com a Espanha, acorreu com panos quentes e prometeu a aprovação até o início de maio, quando vencem 20 bilhões.
Merkel tem satisfação a dar a seu eleitorado, cioso de emprestar dinheiro a um vizinho que passou os últimos 20 anos em uma folia fiscal (ainda que parte do endividamento se deva à perda de competitividade ante economias mais fortes no bloco). Por isso certificou seus legisladores que Berlim só aprovará o empréstimo depois que Atenas definir com o Fundo Monetário Internacional os parâmetros do novo arrocho.
O problema é que o premiê grego, George Papandreou, também deve respostas. Até agora, o apoio a seu governo socialista, que herdou a conta do antecessor conservador, era majoritário. No fim de semana surgiram as primeiras sondagens negativas: 65% disseram ao jornal "ProtoThema" que ele não deveria acatar a exigência, e na enquete para o "Paron" 66% culpam o governo pelo descrédito no mercado.


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