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EUROPA
Alemanha pede arrocho fiscal na Grécia para aprovar ajuda
DE GENEBRA
A União Europeia voltou a
se desentender sobre o pacote de ajuda à Grécia, apesar
das reiteradas promessas de
que não faltará ao vizinho
ante a necessidade de ação
para manter a força do euro.
Enquanto França e Itália pedem rapidez, a Alemanha
quer maior compromisso de
Atenas com o arrocho fiscal.
Os mercados viram o ruído
como mau sinal, catapultando o ágio sobre os títulos da
dívida grega para mais de
13% (no papel que vence em
dois anos).
A chanceler alemã, Angela
Merkel, pediu apoio a seu
Parlamento, enquanto a ministra francesa da economia,
Christine Lagarde, reiterava
a agências de notícia que
tempo era "a essência" do
plano de resgate. A presidência rotativa do bloco, neste
semestre com a Espanha,
acorreu com panos quentes e
prometeu a aprovação até o
início de maio, quando vencem 20 bilhões.
Merkel tem satisfação a
dar a seu eleitorado, cioso de
emprestar dinheiro a um vizinho que passou os últimos
20 anos em uma folia fiscal
(ainda que parte do endividamento se deva à perda de
competitividade ante economias mais fortes no bloco).
Por isso certificou seus legisladores que Berlim só aprovará o empréstimo depois
que Atenas definir com o
Fundo Monetário Internacional os parâmetros do novo arrocho.
O problema é que o premiê grego, George Papandreou, também deve respostas. Até agora, o apoio a seu
governo socialista, que herdou a conta do antecessor
conservador, era majoritário. No fim de semana surgiram as primeiras sondagens
negativas: 65% disseram ao
jornal "ProtoThema" que ele
não deveria acatar a exigência, e na enquete para o "Paron" 66% culpam o governo
pelo descrédito no mercado.
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