|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Lupi distribui cargos para o PDT
Desde o início de abril, quando assumiu pasta do Trabalho, ministro já acomodou sete colegas do partido
Além dos nomeados, outros esperam sinal verde da
Casa Civil; das 5 secretarias, 2 serão poupadas, pois já
abrigam indicados por Lula
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Há menos de dois meses no
Ministério do Trabalho, o presidente do PDT, Carlos Lupi, já
promoveu uma distribuição de
cargos para acomodar colegas
do seu partido.
Levantamento realizado pela
Folha nas edições do "Diário
Oficial" da União revela que
pelo menos sete pedetistas foram nomeados para o Trabalho
até sexta-feira. Outros dois já
despacham no ministério, embora seus nomes ainda não tenham recebido sinal verde da
Casa Civil.
A Folha ainda apurou que
houve pedidos do gabinete do
ministro Lupi para que cargos
fossem colocados à disposição.
A expectativa é que, nos próximos dias, mais cargos fiquem
vagos atendendo a essas solicitações.
Das cinco secretarias que
compõem o organograma do
Trabalho, apenas duas deverão
ser poupadas, porque abrigam
indicações do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Secretaria Nacional de
Economia Solidária é comandada pelo professor Paul Singer, um dos fundadores do PT.
Já a Secretaria de Relações do
Trabalho está sob a responsabilidade do ex-deputado Luiz
Antônio de Medeiros. O sindicalista não conseguiu uma vaga
na última eleição e foi premiado com a secretaria por ter
atuado ativamente na reeleição
do presidente Lula.
Para a maior secretaria do
ministério -de Políticas Públicas de Emprego-, Lupi indicou o ex-prefeito de Vila Velha
(ES) Antônio Sérgio Vidigal. A
nomeação espera a aprovação
da equipe da ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil). Vidigal,
no entanto, vem trabalhando
no Ministério do Trabalho. Já
conta até com e-mail do governo e tem acompanhado Lupi
em compromissos oficiais.
O mesmo ocorre com o tesoureiro do PDT, Marcelo Panella. Seu nome foi indicado
para a chefia de gabinete do ministro e também aguarda uma
posição do Palácio do Planalto.
Mas Panella vem desempenhando funções no ministério.
A nomeação do pedetista e
ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa foi publicada na última semana, quase um mês
depois de Lupi ter anunciado
sua indicação para a Secretaria
Executiva do ministério.
A Secretaria de Inspeção do
Trabalho será a próxima a passar por mudanças. A atual titular, Ruth Vilela, já anunciou a
sua saída da pasta com a chegada de Lupi. Ainda não há indicação do ministro para o cargo.
Codefat
Entre os assessores especiais
de Lupi, está o vice-presidente
do PDT no Distrito Federal,
Ezequiel Nascimento. Ele também ocupa a presidência do
Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), que administra um
patrimônio de R$ 120 bilhões.
Outro a ocupar um assento
no Codefat é o pedetista Anselmo Luis Cardoso Jund, do Diretório Nacional do PDT. Jund
também é um dos assessores
especiais do ministro. O ex-assessor de imprensa do partido
Max Monjardim agora responde pela assessoria de comunicação do Trabalho.
Outros dois nomes oriundos
do PDT são Corintho Onélio
Campelo da Paz e Renato Ludwig de Souza. O primeiro foi escalado para ocupar o cargo de
subsecretário-adjunto de Planejamento, Orçamento e Administração da Secretaria Executiva. Já Ludwig está encarregado de comandar o Departamento de Políticas de Trabalho
e Emprego para a Juventude.
Com a ascensão do PDT ao
Trabalho, esperava-se no mundo sindical que a Força Sindical, presidida pelo deputado
Paulo Pereira da Silva, viesse a
ocupar cargos no ministério. As
mudanças feitas por Lupi até
agora, no entanto, não contemplaram diretamente a central.
Em agosto, a Força levará a
presidência do Codefat. Na última vez em que os trabalhadores estiveram na presidência, o
cargo ficou com a CUT.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Outro lado: Ministério diz que postos estavam vagos Índice
|