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São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda norte-americana subiu 1,36%; C-Bonds recuaram 2,09% e levaram risco para 791 pontos

Dólar e risco-país voltam a fechar em alta

DA REPORTAGEM LOCAL

Apenas a Bovespa escapou do péssimo dia que os ativos brasileiros tiveram no mercado. Ontem, dólar e risco-país subiram, e os C-Bonds fecharam com perdas.
A expressiva alta de 5,19% do risco-país, que fechou com 791 pontos, é reflexo de um reajuste das carteiras de grandes investidores no mercado internacional, segundo analistas. Após o Fed (banco central dos EUA) baixar o juro básico da economia americana para 1% ao ano, investidores, apostando que as taxas atingiram seu piso, decidiram realocar seus recursos.
Um dos prejudicados foram os papéis da dívida de emergentes, como os C-Bonds. Os títulos da dívida brasileira de maior liquidez caíram 2,09% e fecharam a US$ 0,8825.
Para Felipe Brandão, diretor de mercados emergentes da corretora López Léon, a decisão do governo argentino de passar a controlar a entrada de capitais no país não teve um efeito relevante nos negócios ontem.
O dólar teve valorização de 1,36% ontem e fechou vendido a R$ 2,90, patamar que não atingia há três semanas.
O fato de o Banco Central ter renovado, em dois leilões, apenas pouco mais da metade da dívida cambial de US$ 2,5 bilhões que vence na próxima semana tem incomodado o mercado.
Como não se sabe quanto a autoridade monetária vai rolar da dívida, algumas tesourarias de bancos têm preferido comprar dólares nesse momento. Quanto menos o Banco Central renova de seus vencimentos, menor é a disponibilidade de "hedge" no mercado, o que pode pressionar a cotação do dólar.

Ações
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o imbróglio do reajuste das tarifas de telefonia fez os negócios com ações de teles serem suspensos por algumas horas, por ordem da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Após a retomada dos negócios, as ações preferenciais da Telemar ganharam fôlego para fechar com alta de 1,8%, o que ajudou a Bolsa a subir 0,66%.
O volume negociado no pregão ficou em R$ 711,6 milhões. Desse total, R$ 110 milhões vieram de um leilão realizado com os papéis da Coteminas.
(FABRICIO VIEIRA)


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