São Paulo, sábado, 27 de junho de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

REAGINDO
O álcool começou a reagir e subiu 6% ontem nas usinas. Chuva em algumas regiões, preços baixos ao consumidor, demanda aquecida e uma safra basicamente açucareira permitiram a alta, segundo Antonio de Padua Rodrigues, da Unica.

AINDA É POUCO
Com o reajuste, o litro do álcool hidratado foi a R$ 0,6456, mas ainda não remunera a atividade agroindustrial, diz Padua. A tonelada de cana está rendendo 75 litros, o que gera R$ 48,40 por tonelada. O preço mínimo de sustentação, no entanto, é de R$ 50, diz ele.

AÇÚCAR AJUDA
Quem sustenta o produtor neste momento é o açúcar, que, com o preço alcançado, permite remuneração de R$ 53,60 por tonelada de cana. Já os valores do álcool permitem remuneração de apenas R$ 30,20 por tonelada.

MIX DA USINA
A remuneração neste momento depende do mix da usina. As que estão só no álcool têm problemas na geração de caixa, o que acaba afetando também o produtor de cana.

OS PREÇOS
O levantamento do Cepea indicou preços médios de R$ 0,6456 por litro de álcool hidratado nesta semana, com alta de 6,04% no período. Já o anidro foi a R$ 0,7235, com reajuste de 4,2%. Os preços são na usina e não contêm impostos.

AMBIENTE
Questões ambientais são o tema do momento e não deixarão de estar em discussão na próxima Agrifam -feira voltada para a agricultura familiar e para o trabalho rural.

ORGÂNICOS
Programada para o final de julho, em Agudos (SP), a feira terá, ainda, painéis de discussões sobre a produção de orgânicos e de leite, dois itens que se enquadram na produção da agricultura familiar, diz Braz Albertini, da Fetaesp.

À ESPERA
Os produtores de arroz esperam novas medidas de apoio do governo à comercialização. Nesta semana, o produto subiu 4%. Os preços estão, em média, a R$ 26 por saca.

PALMITO
Com o objetivo de orientar técnica e financeiramente os produtores da agricultura familiar de palmito do Baixo Sul, na Bahia, a cooperativa Coopalm e a Fundação Odebrecht desenvolveram um projeto que permite ao produtor colocar o palmito nas grandes redes de varejo.

VERBAS
A Coopalm encaminha os projetos ao BB, que libera as verbas de uma só vez. Os cooperados recebem os recursos à medida que desenvolvem o projeto. A área é de 1.200 hectares e engloba 420 produtores.


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