São Paulo, terça-feira, 27 de julho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda dos EUA fecha vendida a R$ 3,077, no quinto dia consecutivo de alta; Bolsa tem queda de 1,27%

Dólar registra a maior cotação do mês

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado voltou a sucumbir ao mau humor externo. O dólar, que chegou a ser vendido em baixa, fechou ontem em alta pelo quinto dia seguido.
Desde que recuou abaixo dos R$ 3,00, há uma semana, o dólar só tem subido diante do real. Ontem a moeda norte-americana foi vendida a R$ 3,077 (alta de 0,69%), na maior cotação do mês. Em apenas uma semana, o dólar acumulou alta de 2,74%.
Pelo menos desde quarta-feira passada, o mercado doméstico tem sido contaminado pelo mau desempenho do exterior. Os investidores não estão muito confortáveis em relação ao futuro das taxas de juros praticadas nos Estados Unidos.
Se houver um aquecimento mais consistente da economia americana, a expectativa é que os juros subam com maior rapidez e intensidade no país, algo negativo para os países emergentes.
Ante a oscilação do dólar, os fundos cambais têm se beneficiado e computado entrada líquida de recursos neste mês. Nas três primeiras semanas de julho, os fundos cambiais registraram captação líquida de R$ 31,56 milhões, segundo a Anbid.
A finalização de uma operação de captação de recursos iniciada na semana passada pelo Banco do Brasil pode ajudar a deixar o mercado de câmbio menos pressionado. O mercado espera que a operação movimente cerca de US$ 350 milhões.

Ações
A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o pregão com perdas de 1,27%. Foi o quarto pregão de baixa seguido registrado pela Bolsa paulista.
Na ponta das altas do pregão de ontem ficaram as ações de empresas exportadoras. Quem mais subiu ontem foi o papel PNB da Aracruz (2,1%), seguido pela ação preferencial da Votorantim Celulose e Papel (1,8%), e a preferencial da Companhia Siderúrgica Tubarão (1,2%).
A maior perda ficou com Embratel Participações PN, que teve baixa de 4,1%.
Com o mercado internacional menos favorável, os títulos da dívida brasileira fecharam em baixa. Os C-Bonds encerraram com recuo de 0,80%. Com isso, o risco-país brasileiro subiu. O indicador fechou o dia aos 627 pontos, alta de 2,3%.
(FABRICIO VIEIRA)


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