DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O superávit da balança comercial até a quarta semana de agosto ultrapassou a previsão inicial de US$ 5 bilhões feita pelo governo para 2002. Com os US$ 430 milhões da semana passada, o superávit acumulado no ano está em US$ 5,064 bilhões.
Na semana passada, diante dos bons resultados registrados no ano, a previsão de superávit do governo foi elevada para US$ 7 bilhões. O governo espera um resultado ainda melhor no próximo ano, com um saldo de aproximadamente US$ 8 bilhões.
Mesmo registrando queda nas exportações, o país tem acumulado saldo positivo porque as importações estão caindo ainda mais do que as exportações. Por causa disso, há dois meses o governo reviu a projeção de superávit para US$ 6 bilhões até o fim do ano e voltou a aumentar a meta na semana passada.
De acordo com o ministro Sergio Amaral (Desenvolvimento), as importações totais devem ficar em torno de US$ 49 bilhões até dezembro, o que vai significar uma retração de 12% nas compras de mercadorias em relação ao ano passado. A queda das exportações deverá ficar em 4%.
Para Amaral, o país não repetirá o desempenhou comercial do ano passado e de 2000, quando as exportações aumentaram 5,69% e 14,73% respectivamente, em relação aos anos anteriores, por causa da crise econômica mundial.
Segundo ele, a redução da demanda mundial por produtos fez cair o preço de produtos básicos e manufaturados vendidos pelo Brasil. Por isso, embora a quantidade dos embarques tenha aumentado neste ano, o valor das vendas diminuiu.
Na semana passada, as exportações somaram US$ 1,436 bilhão e as importações, US$ 1,006 bilhão. Comparada com a média das exportações da quarta semana do ano passado, houve crescimento de 6,4% nas vendas. A média das importações, porém, caiu 13,9% na comparação entre os mesmos períodos.
Pesquisa semanal realizada pelo Banco Central entre bancos e empresas de consultoria mostra que, por enquanto, o mercado tem uma projeção mais pessimista do que a do governo para o superávit comercial deste ano.
De acordo com o levantamento, que aborda cerca de cem instituições, a expectativa do mercado é de um superávit de US$ 6 bilhões, contra US$ 7 bilhões do governo.
A tendência, porém, é que o mercado reveja essas projeções caso os saldos comerciais continuem crescendo. Há duas semanas, a mesma pesquisa apontava superávit de US$ 5 bilhões.


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