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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa sobe 4,35% e tem a terceira maior alta percentual do ano; juros continuam a cair na BM&F
Bolsa volta aos 10 mil pontos após 11 pregões
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
voltou a operar acima dos 10 mil
pontos após 11 pregões ontem. O
Ibovespa, índice que reúne as 57
ações mais negociadas do pregão
paulista, teve forte alta de 4,35%,
atingindo 10.097 pontos. Foi a terceira maior alta percentual do indicador neste ano.
No dia 8 de agosto, a Bolsa fechou aos 10.315 pontos, após 13
pregões abaixo dos 10 mil, mas
voltou a cair abaixo desse nível no
dia seguinte. O giro financeiro, no
entanto, continuou baixo, ficou
em R$ 483,989 milhões.
Segundo operadores, teria havido um pequeno ingresso de recursos estrangeiros no mercado
doméstico ontem. O mercado comemorou a declaração de apoio
dos bancos estrangeiros, ainda
que sem a confirmação do ingresso de novos recursos no curto
prazo.
As ações da Embratel lideraram
as altas de ontem. Os papéis preferenciais da companhia se valorizaram em 18,9%, e os ordinários, em 13,2%.
A Embratel foi colocada à venda
por sua controladora, a WorldCom, que está enfrentando dificuldades financeiras nos EUA.
Segundo analistas, há uma correção no preço da ação, diante da
expectativa para a venda. Crescem, também, os rumores no
mercado de que a Embratel já teria encontrado um comprador.
Os ADRs (American Depositary
Receipts) da companhia subiram
23,81% em Nova York.
As projeções para os juros futuros voltaram a cair ontem.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos para
janeiro do ano que vem encerraram o dia projetando taxa de
20,73%, ante os 21,55% da sexta-feira. Esses contratos são os que
concentram o maior número de
negociações. As taxas de curto
prazo, para setembro, permaneceram abaixo dos 18%, em 17,9%,
no fechamento de ontem.
O mercado está de olho em três
eventos nesta semana para avaliar
quando e se o BC irá fazer uso do
viés de baixa adotado para os juros brasileiros na semana passada. Amanhã será divulgada a ata
do Copom (Comitê de Política
Monetária) do BC. Na quinta-feira, sai o IGP-M de agosto. Mas o
principal fator a definir a utilização do viés de baixa para a taxa,
atualmente em 18% ao ano, será o
comportamento do dólar. Se a
moeda continuar em queda, uma
redução dos juros seria viável.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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