São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa sobe 4,35% e tem a terceira maior alta percentual do ano; juros continuam a cair na BM&F

Bolsa volta aos 10 mil pontos após 11 pregões

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo voltou a operar acima dos 10 mil pontos após 11 pregões ontem. O Ibovespa, índice que reúne as 57 ações mais negociadas do pregão paulista, teve forte alta de 4,35%, atingindo 10.097 pontos. Foi a terceira maior alta percentual do indicador neste ano.
No dia 8 de agosto, a Bolsa fechou aos 10.315 pontos, após 13 pregões abaixo dos 10 mil, mas voltou a cair abaixo desse nível no dia seguinte. O giro financeiro, no entanto, continuou baixo, ficou em R$ 483,989 milhões.
Segundo operadores, teria havido um pequeno ingresso de recursos estrangeiros no mercado doméstico ontem. O mercado comemorou a declaração de apoio dos bancos estrangeiros, ainda que sem a confirmação do ingresso de novos recursos no curto prazo.
As ações da Embratel lideraram as altas de ontem. Os papéis preferenciais da companhia se valorizaram em 18,9%, e os ordinários, em 13,2%.
A Embratel foi colocada à venda por sua controladora, a WorldCom, que está enfrentando dificuldades financeiras nos EUA.
Segundo analistas, há uma correção no preço da ação, diante da expectativa para a venda. Crescem, também, os rumores no mercado de que a Embratel já teria encontrado um comprador.
Os ADRs (American Depositary Receipts) da companhia subiram 23,81% em Nova York.
As projeções para os juros futuros voltaram a cair ontem.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos para janeiro do ano que vem encerraram o dia projetando taxa de 20,73%, ante os 21,55% da sexta-feira. Esses contratos são os que concentram o maior número de negociações. As taxas de curto prazo, para setembro, permaneceram abaixo dos 18%, em 17,9%, no fechamento de ontem.
O mercado está de olho em três eventos nesta semana para avaliar quando e se o BC irá fazer uso do viés de baixa adotado para os juros brasileiros na semana passada. Amanhã será divulgada a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC. Na quinta-feira, sai o IGP-M de agosto. Mas o principal fator a definir a utilização do viés de baixa para a taxa, atualmente em 18% ao ano, será o comportamento do dólar. Se a moeda continuar em queda, uma redução dos juros seria viável.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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