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Para economista,
eleição mostra
Fiesp dependente
DA REPORTAGEM LOCAL
As eleições na Fiesp, segundo analistas, expuseram
a dependência da instituição
ao financiamento do governo e a abertura do debate.
Segundo o economista José
Márcio Camargo, professor
do departamento de economia da PUC-Rio e sócio da
consultoria Tendências, como a Fiesp é financiada com
impostos, ela acaba perdendo a sua independência.
Camargo se refere ao fato
de a entidade receber recursos do sistema S (como Sesi e
Senai). "Na verdade, essas
instituições sempre trabalharam junto com o governo. Mudou o governo, mudou a direção na instituição", afirma.
Na sua análise, quem representa de fato os empresários é o Ciesp, já que a escolha da sua diretoria é feita
pelos próprios empresários.
"A Fiesp já representa mais
os sindicatos, que votam na
escolha da sua diretoria.
Portanto, é uma instituição
corporativa", diz.
Para o cientista político
Luiz Werneck Vianna, do
Iuperj, no Rio, o fato de as
eleições na Fiesp refletirem,
abertamente, o cenário político nacional é positivo. "Os
ares do mundo estão entrando na entidade. Isso mostra
que a Fiesp não representa
apenas a elite empresarial.
Discussões que antes eram
veladas agora ocorrem publicamente", diz ele.
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