São Paulo, sexta-feira, 27 de agosto de 2004

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Para economista, eleição mostra Fiesp dependente

DA REPORTAGEM LOCAL

As eleições na Fiesp, segundo analistas, expuseram a dependência da instituição ao financiamento do governo e a abertura do debate. Segundo o economista José Márcio Camargo, professor do departamento de economia da PUC-Rio e sócio da consultoria Tendências, como a Fiesp é financiada com impostos, ela acaba perdendo a sua independência.
Camargo se refere ao fato de a entidade receber recursos do sistema S (como Sesi e Senai). "Na verdade, essas instituições sempre trabalharam junto com o governo. Mudou o governo, mudou a direção na instituição", afirma.
Na sua análise, quem representa de fato os empresários é o Ciesp, já que a escolha da sua diretoria é feita pelos próprios empresários. "A Fiesp já representa mais os sindicatos, que votam na escolha da sua diretoria. Portanto, é uma instituição corporativa", diz.
Para o cientista político Luiz Werneck Vianna, do Iuperj, no Rio, o fato de as eleições na Fiesp refletirem, abertamente, o cenário político nacional é positivo. "Os ares do mundo estão entrando na entidade. Isso mostra que a Fiesp não representa apenas a elite empresarial. Discussões que antes eram veladas agora ocorrem publicamente", diz ele.


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