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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Açúcar e álcool superestimam números do emprego industrial
O aumento nas contratações
de mão-de-obra feitas pelo setor sucroalcooleiro tem superestimado o desempenho do
emprego industrial neste ano.
A conclusão consta de estudo
feito pela Fiesp sobre o desempenho do emprego na indústria
paulista.
O índice de emprego na indústria paulista cresceu 7,31%
nos primeiros sete meses deste
ano, um aumento de 151 mil novas vagas. Sem o efeito do setor
sucroalcooleiro, esse índice cai
para 2,63%.
No ano passado, o emprego
industrial já sofria influência
do açúcar e do álcool. Nos primeiros sete meses, o emprego
na indústria tinha apresentado
um crescimento de 3,9%, mas,
sem o setor sucroalcooleiro, esse índice caia para 0,31%.
Dessa forma, a Fiesp diz que,
em razão desse efeito do açúcar
e do álcool, o desempenho do
emprego industrial tem que ser
interpretado com parcimônia,
já que na massa de contratações se incluem também empregos gerados no plantio, manejo e corte da cana. Ou seja,
empregos com características
muito mais agrícolas do que industriais.
O lado positivo, segundo a
Fiesp, é que a contratação desses trabalhadores pelas usinas
aumenta a formalização do emprego. Os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios) mostram que a formalização no setor de cana-de-açúcar chega a 73%, contra 32%
do setor agrícola como um todo, além de ser uma importante
fonte de renda para os trabalhadores menos especializados.
O quadro atual de aumento
de demanda por álcool, motivado pelo crescente interesse externo pelo produto como alternativa energética e interno pelos automóveis bicombustíveis,
tem provocado um crescimento tanto de usinas como da área
cultivada com cana-de-açúcar.
A Fiesp chama a atenção para
o fato de, tradicionalmente, utilizar-se a evolução do emprego
industrial como indicador do
desempenho da produção. Como a expansão nas usinas de
açúcar e álcool tem superestimado os dados do emprego industrial, a Fiesp espera que o
número de contratações se expanda muito mais do que a produção.
É isso que explica o fato de a
produção industrial ter crescido 3,46% no primeiro semestre, segundo dados do IBGE,
enquanto o emprego calculado
pela Fiesp se expandiu 6,9%.
CÓDIGO DE BARRAS
A empresa brasileira CellScan acaba de lançar uma tecnologia que transforma o celular em leitor de código de barras.
O aparelho vem equipado com uma câmera fotográfica para
ler um código de barras impresso em um jornal, uma revista, uma embalagem plástica, em papel ou alumínio ou mesmo na tela do computador ou da TV, só é preciso ter acesso
à internet e câmera digital integrada. Com isso, uma empresa pode, por exemplo, executar promoções por meio do celular imprimindo o código em suas embalagens. Para 2008, a
previsão é que a tecnologia funcione também como meio de
pagamento direcionando o usuário ao site do banco, segundo
Nérope Bulgarelli, sócio-diretor da empresa.
Distribuidora de câmbio planeja expansão
A distribuidora de câmbio
turismo Cotação vai inaugurar em setembro uma filial
em Ribeirão Preto. O objetivo é atender a um público
com alto poder aquisitivo
presente na cidade.
Segundo Nelson Gasparian, diretor comercial da
empresa, a turbulência nos
mercados financeiros não
afetou seus negócios. "No
Brasil foi muito leve", diz.
Com filiais em São Paulo,
Campinas, Rio, Curitiba,
Brasília, Porto Alegre, Goiânia e Belo Horizonte, a empresa quer abrir mais duas
ou três unidades em 2008.
SOCIAL
A Chevron Brasil, que atua
no país com a marca Texaco,
fez parceria com a ONG Visão Mundial, que faz o projeto Iniciativa Esperança, pelo
qual escolas, igrejas, lideranças comunitárias e voluntários atuam para conscientizar jovens pobres sobre
doenças sexualmente transmissíveis. A primeira comunidade a receber o programa
será Jardim Primavera, em
Duque de Caxias, na Baixada
Fluminense.
MALAS
A Alatur, agência de viagens corporativas, fez parceria com a L'Oréal e passa a
organizar também os eventos da empresa, a partir de
setembro. A entrada da L'Oréal representa um crescimento de 40% no movimento da unidade do Rio de Janeiro.
PARCERIA
A Confenar (Confederação Nacional das Revendas
Ambev e das Empresas de
Logística da Distribuição) se
uniu ao Bradesco para obter
melhores resultados. Neste
ano, a previsão é que, juntas,
as empresas invistam cerca
de R$ 2 bilhões em caminhões, empilhadeiras, autopeças, uniformes, softwares,
seguros, entre outros insumos, segundo Hamilton Picolotti, vice- presidente da
entidade.
SEM FIO
O mercado de telefones
celulares com tecnologia
Bluetooth deve crescer mais
de 11 vezes neste ano, segundo relatório semestral da
Motorola. No último trimestre de 2006, de todos os aparelhos comercializados pela
empresa, 44% possuíam
Bluetooth.
ESCOLHAS
A Ediouro lança no Brasil
o livro "Escolhas Difíceis"
(336 páginas), da executiva
americana Carly Fiorina,
que descreve detalhes sobre
os momentos que antecederam sua saída da Hewlett-Packard, onde foi diretora
entre 1999 e 2005. No livro,
a autora relata passagens de
sua trajetória. Fiorina foi
eleita por seis anos consecutivos a americana mais poderosa no mundo dos negócios pela revista "Fortune".
NO PRATO
O custo de ocupação é
preocupante para o setor de
alimentação, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Franchising em parceria com a ECD, consultoria especializada em "food
service". Em alguns shoppings esse custo chega a representar até 26% do faturamento da loja. Esse índice é
de 10,82% nas lojas de ruas e
de 9,7% em centros comerciais, galerias e hipermercados. O ideal, segundo operadores, é que o custo total de
ocupação seja inferior a
10%.
CONSIGNADO
O crédito consignado do
Banco Arbi registrou crescimento de 112% no primeiro
semestre deste ano em relação ao mesmo período em
2006 , sendo que metade da
produção veio da sua rede
própria de distribuição, a
ServiCash. Esse foi um dos
motivos para o balanço registrar lucro líquido 204%
superior no mesmo período.
O banco adotou a estratégia
de apostar em dois segmentos, o crédito consignado e
as operações estruturadas
de crédito para pequenas e
médias empresas.
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