São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Açúcar e álcool superestimam números do emprego industrial

O aumento nas contratações de mão-de-obra feitas pelo setor sucroalcooleiro tem superestimado o desempenho do emprego industrial neste ano. A conclusão consta de estudo feito pela Fiesp sobre o desempenho do emprego na indústria paulista.
O índice de emprego na indústria paulista cresceu 7,31% nos primeiros sete meses deste ano, um aumento de 151 mil novas vagas. Sem o efeito do setor sucroalcooleiro, esse índice cai para 2,63%.
No ano passado, o emprego industrial já sofria influência do açúcar e do álcool. Nos primeiros sete meses, o emprego na indústria tinha apresentado um crescimento de 3,9%, mas, sem o setor sucroalcooleiro, esse índice caia para 0,31%.
Dessa forma, a Fiesp diz que, em razão desse efeito do açúcar e do álcool, o desempenho do emprego industrial tem que ser interpretado com parcimônia, já que na massa de contratações se incluem também empregos gerados no plantio, manejo e corte da cana. Ou seja, empregos com características muito mais agrícolas do que industriais.
O lado positivo, segundo a Fiesp, é que a contratação desses trabalhadores pelas usinas aumenta a formalização do emprego. Os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) mostram que a formalização no setor de cana-de-açúcar chega a 73%, contra 32% do setor agrícola como um todo, além de ser uma importante fonte de renda para os trabalhadores menos especializados.
O quadro atual de aumento de demanda por álcool, motivado pelo crescente interesse externo pelo produto como alternativa energética e interno pelos automóveis bicombustíveis, tem provocado um crescimento tanto de usinas como da área cultivada com cana-de-açúcar.
A Fiesp chama a atenção para o fato de, tradicionalmente, utilizar-se a evolução do emprego industrial como indicador do desempenho da produção. Como a expansão nas usinas de açúcar e álcool tem superestimado os dados do emprego industrial, a Fiesp espera que o número de contratações se expanda muito mais do que a produção.
É isso que explica o fato de a produção industrial ter crescido 3,46% no primeiro semestre, segundo dados do IBGE, enquanto o emprego calculado pela Fiesp se expandiu 6,9%.

CÓDIGO DE BARRAS

A empresa brasileira CellScan acaba de lançar uma tecnologia que transforma o celular em leitor de código de barras. O aparelho vem equipado com uma câmera fotográfica para ler um código de barras impresso em um jornal, uma revista, uma embalagem plástica, em papel ou alumínio ou mesmo na tela do computador ou da TV, só é preciso ter acesso à internet e câmera digital integrada. Com isso, uma empresa pode, por exemplo, executar promoções por meio do celular imprimindo o código em suas embalagens. Para 2008, a previsão é que a tecnologia funcione também como meio de pagamento direcionando o usuário ao site do banco, segundo Nérope Bulgarelli, sócio-diretor da empresa.

Distribuidora de câmbio planeja expansão

A distribuidora de câmbio turismo Cotação vai inaugurar em setembro uma filial em Ribeirão Preto. O objetivo é atender a um público com alto poder aquisitivo presente na cidade.
Segundo Nelson Gasparian, diretor comercial da empresa, a turbulência nos mercados financeiros não afetou seus negócios. "No Brasil foi muito leve", diz.
Com filiais em São Paulo, Campinas, Rio, Curitiba, Brasília, Porto Alegre, Goiânia e Belo Horizonte, a empresa quer abrir mais duas ou três unidades em 2008.

SOCIAL
A Chevron Brasil, que atua no país com a marca Texaco, fez parceria com a ONG Visão Mundial, que faz o projeto Iniciativa Esperança, pelo qual escolas, igrejas, lideranças comunitárias e voluntários atuam para conscientizar jovens pobres sobre doenças sexualmente transmissíveis. A primeira comunidade a receber o programa será Jardim Primavera, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

MALAS
A Alatur, agência de viagens corporativas, fez parceria com a L'Oréal e passa a organizar também os eventos da empresa, a partir de setembro. A entrada da L'Oréal representa um crescimento de 40% no movimento da unidade do Rio de Janeiro.

PARCERIA
A Confenar (Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de Logística da Distribuição) se uniu ao Bradesco para obter melhores resultados. Neste ano, a previsão é que, juntas, as empresas invistam cerca de R$ 2 bilhões em caminhões, empilhadeiras, autopeças, uniformes, softwares, seguros, entre outros insumos, segundo Hamilton Picolotti, vice- presidente da entidade.

SEM FIO
O mercado de telefones celulares com tecnologia Bluetooth deve crescer mais de 11 vezes neste ano, segundo relatório semestral da Motorola. No último trimestre de 2006, de todos os aparelhos comercializados pela empresa, 44% possuíam Bluetooth.

ESCOLHAS
A Ediouro lança no Brasil o livro "Escolhas Difíceis" (336 páginas), da executiva americana Carly Fiorina, que descreve detalhes sobre os momentos que antecederam sua saída da Hewlett-Packard, onde foi diretora entre 1999 e 2005. No livro, a autora relata passagens de sua trajetória. Fiorina foi eleita por seis anos consecutivos a americana mais poderosa no mundo dos negócios pela revista "Fortune".

NO PRATO
O custo de ocupação é preocupante para o setor de alimentação, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Franchising em parceria com a ECD, consultoria especializada em "food service". Em alguns shoppings esse custo chega a representar até 26% do faturamento da loja. Esse índice é de 10,82% nas lojas de ruas e de 9,7% em centros comerciais, galerias e hipermercados. O ideal, segundo operadores, é que o custo total de ocupação seja inferior a 10%.

CONSIGNADO
O crédito consignado do Banco Arbi registrou crescimento de 112% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período em 2006 , sendo que metade da produção veio da sua rede própria de distribuição, a ServiCash. Esse foi um dos motivos para o balanço registrar lucro líquido 204% superior no mesmo período. O banco adotou a estratégia de apostar em dois segmentos, o crédito consignado e as operações estruturadas de crédito para pequenas e médias empresas.

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