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Petrolíferas têm de refazer perfurações
SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO
O aumento no ritmo de
exploração do pré-sal tem
exposto as dificuldades
operacionais na descoberta da nova área petrolífera.
Ao menos três perfurações
de poços feitas pela Petrobras no momento tiveram
de ser refeitas por problemas operacionais, após
seis tentativas malsucedidas, no total.
A repetição do furo em
um desses blocos, o BM-S-17, foi notificada com imprecisões à ANP (Agência
Nacional do Petróleo) e
chegou a levantar a possibilidade de mais um poço
seco (sem indícios de petróleo ou gás). A hipótese
havia ganhado força com
uma declaração do ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão, depois negada por ele, pela Petrobras e pela ANP.
A Petrobras tem pressa
para concluir a exploração
do pré-sal da bacia de Santos porque algumas licenças de exploração estão
para vencer. Nesse caso, a
empresa tem de devolver
as concessões à União.
Segundo a ANP, um dos
poços na área de Guará
(BM-S-9) está na quarta
tentativa de perfuração,
no mesmo local tentado
nas três vezes anteriores.
O furo do BM-S-17 é o terceiro tentado na mesma
locação, com a sonda Noble Paul Wolf. Em Tupi,
mais uma perfuração está
na segunda tentativa.
Na segunda-feira, a empresa britânica BG, sócia
da Petrobras no bloco BM-S-52, afirmou ter concluído uma perfuração no pré-sal sem ter encontrado petróleo.
Para o geólogo Giuseppe
Bacoccoli, pesquisador da
Coppe/UFRJ, as repetições comprovam as dificuldades operacionais de
atuação no pré-sal.
"Os problemas estão
mais frequentes. O reinício de uma perfuração é
normal em uma área de difícil exploração. Nos anos
80, a Petrobras tentou
perfurar por diversas vezes o pré-sal, mas o sal se
move, e os poços são perdidos", explica.
As perfurações fracassadas representam prejuízo,
já que um dia de aluguel de
sonda pode chegar a US$
500 mil por dia. Segundo a
Petrobras, o reinício das
perfurações nessas áreas
se dá por problemas operacionais e trata-se de uma
situação corriqueira no
processo exploratório, seja em mar, seja em terra.
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