São Paulo, segunda-feira, 27 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para Vaz, há chances de entendimento

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato eleito do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Claudio Vaz, toma posse hoje abraçando a bandeira da transição pacífica.
O empresário afirma que cerca de dez dias -desde quando afirma ter iniciado um diálogo com Paulo Skaf (eleito presidente da Fiesp)- não foram suficientes para resolver os problemas de duas entidades que sempre funcionaram como uma só, mas que, a partir de hoje, serão comandadas por presidentes diferentes.
A discussão, no entanto, toma o caminho de um entendimento, segundo Vaz, que diz acreditar que a direção do caminho a ser adotado pode ser divulgada hoje.
Ele afirmou encontrar Skaf "uma vez por semana, duas vezes por semana". "Às vezes nos encontramos no prédio mesmo. Nos últimos dias, isso tem acontecido com certa naturalidade." Os contatos, diz, têm se estendido a membros das duas chapas.
Ele minimiza o pedido feito na Justiça pela chapa de Skaf de reapuração de votos da eleição para o Ciesp. "O que está na Justiça é uma solicitação de perícia de credenciais, acredito que indevida", diz. "Mas foi apresentada por pessoas que têm menos apelo na chapa de Skaf", ameniza.
Quanto ao posicionamento das entidades em relação à política econômica do governo, Vaz afirma que isso não será exclusividade da Fiesp. "Isso não é exclusividade nem de uma nem de outra."
As decisões a serem tomadas pelas duas entidades são várias, envolvendo de representatividade política a departamentos inteiros. A disputa pela sala da presidência, segundo a Folha apurou, foi resolvida: ela será transformada em um espaço institucional. O restante do 14º andar será de Vaz, e Skaf deve ficar no 6º andar.
Para Vaz, a ampliação da meta de superávit primário, de 4,25% para 4,5%, "poderia ser bem recebida se fosse acompanhada de uma redução da taxa de juros".
"Do jeito que veio, acompanhada de uma alta na Selic, cria um estrangulamento para o primeiro trimestre do ano que vem", disse.
Quanto às medidas de redução da carga tributária anunciadas na quinta-feira pelo governo, Vaz diz aprovar. "A redução do prazo para recuperação do PIS/Cofins é positiva. Mesmo assim, dois anos ainda é um prazo longo", ressalva.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.