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Para Vaz, há chances de entendimento
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato eleito do Ciesp
(Centro das Indústrias do Estado
de São Paulo), Claudio Vaz, toma
posse hoje abraçando a bandeira
da transição pacífica.
O empresário afirma que cerca
de dez dias -desde quando afirma ter iniciado um diálogo com
Paulo Skaf (eleito presidente da
Fiesp)- não foram suficientes
para resolver os problemas de
duas entidades que sempre funcionaram como uma só, mas que,
a partir de hoje, serão comandadas por presidentes diferentes.
A discussão, no entanto, toma o
caminho de um entendimento,
segundo Vaz, que diz acreditar
que a direção do caminho a ser
adotado pode ser divulgada hoje.
Ele afirmou encontrar Skaf
"uma vez por semana, duas vezes
por semana". "Às vezes nos encontramos no prédio mesmo.
Nos últimos dias, isso tem acontecido com certa naturalidade." Os
contatos, diz, têm se estendido a
membros das duas chapas.
Ele minimiza o pedido feito na
Justiça pela chapa de Skaf de reapuração de votos da eleição para o
Ciesp. "O que está na Justiça é
uma solicitação de perícia de credenciais, acredito que indevida",
diz. "Mas foi apresentada por pessoas que têm menos apelo na chapa de Skaf", ameniza.
Quanto ao posicionamento das
entidades em relação à política
econômica do governo, Vaz afirma que isso não será exclusividade da Fiesp. "Isso não é exclusividade nem de uma nem de outra."
As decisões a serem tomadas
pelas duas entidades são várias,
envolvendo de representatividade política a departamentos inteiros. A disputa pela sala da presidência, segundo a Folha apurou,
foi resolvida: ela será transformada em um espaço institucional. O
restante do 14º andar será de Vaz,
e Skaf deve ficar no 6º andar.
Para Vaz, a ampliação da meta
de superávit primário, de 4,25%
para 4,5%, "poderia ser bem recebida se fosse acompanhada de
uma redução da taxa de juros".
"Do jeito que veio, acompanhada de uma alta na Selic, cria um
estrangulamento para o primeiro
trimestre do ano que vem", disse.
Quanto às medidas de redução
da carga tributária anunciadas na
quinta-feira pelo governo, Vaz diz
aprovar. "A redução do prazo para recuperação do PIS/Cofins é
positiva. Mesmo assim, dois anos
ainda é um prazo longo", ressalva.
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