São Paulo, domingo, 27 de setembro de 2009

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entrevista 1

É preciso "dar qualidade de vida" ao animal

ENVIADAS ESPECIAIS A CHAPECÓ

A veterinária Charli Ludtke, da WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal), é o que se chama de "bem-estarista". Pelo bem-estar dos animais, ela se alia aos produtores de boa vontade, aos frigoríficos e aos governos. Até ao McDonald's, alvo de ataques permanentes de outras entidades de defesa dos bichos: "O McDonald's tem auditores que examinam frigoríficos brasileiros para o bem-estar animal."
Segundo ela, no McDonald's europeu, o consumidor recebe um folheto dizendo de onde vem a carne. "Houve uma diminuição do consumo, e eles acabaram se adequando. Hoje, servem de exemplo."
Ludtke defende que exista um selo de bem-estar animal. "Tem de haver esse nicho de produto porque, se eu sou um consumidor consciente e quero continuar consumindo carne, pelo menos que eu saiba a origem dessa carne, se esse animal foi manejado corretamente."
Para a veterinária, o animal pode "servir ao homem, desde que se dê qualidade de vida a ele. "Eles não podem ser vistos apenas como uma máquina de produzir alimento."
"Nossa missão é intervir na realidade. E a realidade é que o abate não acabará amanhã. Há projeções que mostram que a tendência, ao contrário, é de aumento do consumo. Que seja, pelo menos, com redução de sofrimento e dor."


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