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MEGAFUSÃO
GMG Brands, com capital de US$ 40 bilhões, resulta da união entre a Grand Metropolitan e a Guinness
Gigante de bebidas nasce no Reino Unido
IRINEU MACHADO
de Londres
A maior empresa de bebidas do
Reino Unido está nascendo da bilionária fusão de dois gigantes do
mercado de bebidas britânico. Em
janeiro de 1998, entra em operação
a GMG Brands, resultado da trabalhosa união entre a Grand Metropolitan e a Guinness. A fusão envolve um capital de US$ 40 bilhões.
A Grand Metropolitan controla
as marcas Smirnoff (vodca), Haagen Dazs (sorvetes), Burger King
(fast food) e Bailey's (bebidas). A
Guinness engloba a cervejaria do
mesmo nome, o uísque Johnnie
Walker e o gim Gordon's.
Durante os últimos cinco meses,
as negociações da fusão foram
marcadas por uma série de idas e
vindas por causa da oposição do
francês Bernard Arnault, dono da
LVMH, detentora das marcas do
champanhe Moit Chandon e do
conhaque Hennessey. Ele tem
grande participação acionária nas
duas empresas britânicas.
Arnault havia se tornado a pedra
no meio do caminho de Tony
Greener, da Guinness, e de George
Bull, da Grand Metropolitan, por
discordar da maneira como o negócio seria feito. Depois que as empresas lhe ofereceram US$ 891 milhões, ele cedeu e o negócio foi fechado na semana passada. As empresas negam que o dinheiro oferecido tenha sido para pagar pelo
apoio de Arnault e dizem que foi
uma "evolução nos negócios".
A LVMH, do francês, tem participação acionária de 11,1% na
Guinness e de 11,4% na Grand Metropolitan. Arnault tentou forçar
as duas empresas a incluir as divisões de bebidas em uma companhia separada, sem as empresas de
alimentos e cervejarias, com 35%
de participação da LVMH.
Ele chegou a entrar na Justiça para tentar impedir a fusão anunciada em maio passado. Gastou mais
de US$ 1,5 bilhão adquirindo ações
da Grand Metropolitan para aumentar seu poder na mesa de negociações sobre a fusão.
Os acordos entre as três partes
envolvidas no negócio definiram
também que Arnault terá um cargo de diretor na GMG, além de 11%
de participação acionária. A GMG
criará ainda uma rede de distribuição para seus champanhes e conhaques.
Em troca, o francês retirou a
ação legal contra a fusão, que poderia custar à GMG US$ 1,6 bilhão
de compensação e atrasaria o fechamento do negócio em até um
ano.
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