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Setor de autopeças está no limite da produção
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do Sindipeças
(Sindicato Nacional da Indústria
de Componentes para Veículos
Automotores), Paulo Butori, afirmou, durante o seminário "Setor
Automotivo: Perspectivas 2005",
da editora AutoData, que o nível
médio de ociosidade da indústria
de autopeças no país está em 15%.
Em meados de 2003, o percentual
era de 35%.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado em parceria pelo sindicato e pela consultoria Booz Allen Hamilton. O nível
médio de ociosidade considerado
aceitável pela indústria é 20%. Esse percentual leva em conta a necessidade de parada das máquinas para manutenção.
O forte aquecimento da economia, no entanto, faz com que algumas empresas estejam fazendo
quarto turno, trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana,
segundo Butori. Dessa forma, o
tempo para manutenção se torna
escasso, o que compromete a qualidade da produção. O que impede investimentos maiores hoje é a
falta de confiança na sustentabilidade da retomada econômica do
país e, no caso de algumas empresas, a falta de capital para investir.
O setor de autopeças busca dialogar com as montadoras para solucionar o problema -o estudo
já foi apresentado para a Anfavea
(Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
O receio é que, se o nível atual de
demanda externa e interna se
mantiver, a capacidade instalada
das empresas não seja suficiente.
A meta traçada pela Anfavea é
vender 2 milhões de veículos no
mercado interno em 2006. Neste
ano, a estimativa é que sejam vendidas 1,5 milhão de unidades.
(MAELI PRADO)
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