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BARRIL DE PÓLVORA
Relatório de agência de energia diz que produção irá atender demanda das próximas décadas
Dependência por petróleo deve durar até 2030, diz estudo
DA REDAÇÃO
Os efeitos da alta dos preços do
petróleo podem assustar o mundo até 2030. Apesar do crescimento de energias alternativas, o petróleo deve permanecer como a
principal fonte energética mundial nas próximas décadas.
As previsões constam de um estudo elaborado pela Agência Internacional de Energia (IEA, na
sigla em inglês) divulgado ontem.
A agência prevê um aumento de
59% na demanda mundial por
combustíveis. O consumo mundial de petróleo deve chegar a 121
milhões de barris por dia. Hoje, é
de 82 milhões. A taxa de crescimento anual da demanda, no entanto, ficará abaixo das últimas
três décadas: 1,7% até 2030, contra
2% na década de 1970.
Mais da metade dessa demanda
deverá ser atendida pelos países
da Opep (Organização dos Países
Exportadores de Petróleo), uma
participação maior do que a da
década de 1970. O comércio mundial do produto deve passar de 65
milhões de barris por dia, um aumento de mais de 100%.
Dois terços do crescimento da
demanda, diz o relatório, virão de
países em desenvolvimento, motivo pelo qual deverão ampliar os
investimentos no setor energético. "A alta está em linha com o
crescimento econômico mais rápido nesses países", informa.
Apesar do crescimento da demanda, o incremento da produção de energia será suficiente para
atendê-la até 2030. O aumento, no
entanto, vai depender de US$ 16
trilhões em investimentos em novos projetos de infra-estrutura.
"A principal mensagem desse
relatório é otimista. A Terra contém energia suficiente para atender ao crescimento da demanda
global até 2030", disse Claude
Mandil, presidente da IEA.
Segundo a agência, o petróleo
continuará a ser a principal fonte
energética em 2030, apesar de ter
um pequena redução em sua participação. Os combustíveis fósseis
responderão por 85% da demanda mundial.
O consumo mundial de gás natural deve dobrar até 2030, segundo o relatório. A maior parte desse crescimento deve ocorrer na
América Latina, na África e na
Ásia. "Os maiores valores, em termos de volume, serão os países da
OCDE e as nações em desenvolvimento". A Rússia, segundo o relatório, deve ser o maior produtor.
Todas as regiões aumentarão
suas importações do produto, e
países que nunca importaram
passarão a comprar gás. O gás liqüefeito será o tipo mais vendido,
sempre segundo o estudo da
agência.
Nova alta
Os preços do petróleo subiram
ontem mais uma vez em razão
dos temores de que a produção
mundial seja insuficiente para
atender a demanda pelo produto
no inverno no hemisfério Norte.
Em Nova York, os contratos para entrega em dezembro fecharam cotados a US$ 55,17, alta de
US$ 0,63. Em Londres, o barril do
tipo light fechou a US$ 51,56, alta
de US$ 0,78.
Outro temor no mercado ontem era sobre a perspectiva de nova redução nos estoques de combustíveis para calefação nos EUA,
que serão divulgados hoje pelo
Departamento de Energia.
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