São Paulo, sábado, 27 de outubro de 2007

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

PÃO ARGENTINO
O trigo argentino sempre teve grande participação no pãozinho brasileiro. Agora ele começa a receber a participação da farinha produzida no país vizinho. As importações brasileiras deste ano podem superar 500 mil toneladas. Até agosto, o acumulado em 12 meses era de 419 mil, segundo dados do governo brasileiro.

MISTURA
A ampliação das exportações de farinha de trigo ao Brasil pelos argentinos se acentuou nos dois últimos anos. Antes, os moinhos do país vizinho colocavam no mercado brasileiro farinha de trigo disfarçada de mistura de farinha, que tinha uma tributação menor.

TROCA DE PRODUTO
Em 2005, o Brasil importou apenas 4.271 toneladas de farinha de trigo dos argentinos e 355 mil toneladas de mistura de farinha. Neste ano, enquanto as exportações de farinha explodem, as de mistura devem recuar para 8.150 toneladas.

COMPRA COM "ISO"
O frigorífico brasileiro Marfrig, que está comprando o argentino Quickfood, vai receber a instituição com ISO 22.000, um certificado que contém novas normas internacionais de segurança na cadeia alimentícia. São exigências de higiene na produção que não variam em função do produto e do país, mas de normas internacionais.

PUNIÇÃO AOS BONS
O produtor de leite Hildebrando de Campos Bicudo, em manifestação no "MilkPoint", site especializado no setor, diz que o grande punido na interrupção de atividade de cooperativas envolvidas em escândalos são os produtores. No caso atual do leite, a solução seria a nomeação de um interventor, o que permitiria a continuidade da produção por milhares de pequenos produtores não envolvidos no escândalo.

EFEITO DOMINÓ
Para Campos, muitos produtores têm seu único sustento nessa atividade. O fechamento das cooperativas desencadeia um efeito dominó de perdas em toda região. Pior ainda, devido à pequena oferta diária por esses produtores, eles não atraem o interesse das indústrias.

VOLTA AOS R$ 66
A arroba do boi gordo voltou a ser negociada a R$ 66 no Estado de São Paulo, mostra acompanhamento do Instituo FNP. É a maior cotação desde a primeira quinzena de agosto. A alta ocorre devido à dificuldade de compra de boi pronto para abate pelos frigoríficos.

ÁLCOOL SOBE
Pela segunda semana consecutiva, o preço do álcool anidro subiu nas usinas paulistas. Segundo o Cepea, o litro foi negociado a R$ 0,6685 nesta semana, com alta de 1,45%. Já o hidratado teve alta de 1,71%, sendo negociado a R$ 0,5860.


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