DE CARACAS

A crise diplomática com os EUA e um cenário econômico difícil tendem a aumentar ainda mais os pedidos de ajuda do governo Evo Morales ao Brasil, principal parceiro comercial do país por causa da exportação do gás natural.
Já se preparando para o fim do incentivo tarifário para exportar aos EUA, o Brasil é um dos países que Morales está buscando como alternativa aos produtos bolivianos, sobretudo têxteis. O assunto deverá ser discutido formalmente no início do mês que vem, durante uma visita a La Paz do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho.
Morales também quer que o BNDES financie duas rodovias no isolado norte amazônico. Hoje, o ministro de Obras Públicas boliviano, Oscar Coca, viajará a Brasília para discutir o assunto.
Juntos, os dois pedidos de financiamento somam cerca de US$ 640 milhões. Um deles, de US$ 230 milhões, foi acertado entre Lula e Morales em julho.
"O Brasil e a Bolívia já entraram num contexto mais amplos de suas relações, que até alguns anos atrás eram muito "gasificadas'", diz o economista Gonzalo Chávez, que fez seu doutorado no Brasil. (FM)

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