São Paulo, quarta-feira, 27 de novembro de 2002

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CRISE NA AL

Ato chega à Casa Rosada

Manifestação reúne 10 mil em Buenos Aires

DE BUENOS AIRES

Cerca de 10 mil argentinos protestaram ontem em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino. Eles pediam aumento de verbas públicas para os programas sociais e fizeram um ato em homenagem a dois manifestantes mortos durante conflito com a polícia há cinco meses.
Os manifestantes marcharam de Avellaneda -na Grande Buenos Aires- até a sede do governo federal. Após enfrentarem um bloqueio policial que durou mais de seis horas, entraram na Capital Federal por volta das 18h30 (19h30 em Brasília).
"Pediremos ao governo que nos deixem chegar à praça [de Maio] sem ser revistados porque não somos delinquentes", afirmava ontem, antes de entrar em reunião com o governo, um dos líderes da manifestação, Néstor Pitrola.
A polícia da capital argentina exigia que todos os 10 mil manifestantes fossem revistados para poder entrar na cidade. Os líderes do movimento se recusavam. Principalmente porque um dos motivos da marcha era um protesto contra a morte de dois manifestantes que, no dia 26 de junho, foram mortos durante uma operação policial na mesma ponte onde ontem os policiais tentavam impedir a passagem de quem protestava.
Depois de um impasse que durou sete horas, representantes do governo e dos manifestantes se reuniram e fizeram um acordo para que o protesto pudesse ser realizado. Os líderes do protesto prometeram fazer uma manifestação pacífica, e o governo comprometeu-se a levantar o bloqueio policial.
O impasse na caminhada rendeu ao movimento a adesão de políticos de oposição, que se juntaram aos manifestantes.


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