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Semana deve ser pautada por PIB, Fed e Copom
Reunião do BC e dados de EUA e Brasil agitam mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
Os feriados permitiram que a
semana passada fosse relativamente tranqüila para o mercado financeiro. Mas os próximos
dias tendem a ser bem mais agitados, com relevantes eventos
no Brasil e nos Estados Unidos.
O mercado global estará de
olho na divulgação, na quarta-feira, do livro bege, conjunto de
dados econômicos americanos
levantados pelo Fed (o bc dos
EUA). Como ainda restam muitas dúvidas em relação ao futuro da economia do país, será
acompanhado com atenção.
Luiz Antonio Vaz das Neves,
diretor da corretora Planner,
diz que nos EUA "pode atrapalhar o fato de Ben Bernanke, o
presidente do Fed, falar duas
vezes na semana, além da divulgação do livro bege".
No Brasil, o grande evento
será a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) deste ano. Entre
amanhã e quarta-feira, o Copom irá decidir como fica a taxa
básica de juros, que está em
13,75% anuais. Na quinta-feira,
o IBGE anuncia também o PIB
do terceiro trimestre no Brasil,
com expectativa de um número
fraco.
Marcelo Voss, economista da
corretora Liquidez, afirma que
"a semana promete fortes emoções, tanto no cenário interno
como no externo". "No mercado americano, teremos indicadores importantes de terça a
sexta, como o índice de confiança do consumidor, a venda
de imóveis novos e o livro bege.
A expectativa é que esse conjunto de indicadores mantenha
a atual avaliação de um desaquecimento gradual da economia americana", diz ele.
Na semana passada, o mercado americano ficou fechado na
quinta-feira, devido ao feriado
de Ação de Graças, e funcionou
com horário reduzido na sexta-feira.
No último pregão da semana
passada, o índice Dow Jones, o
principal da Bolsa de Nova
York, recuou 0,38%. A Bolsa
eletrônica Nasdaq caiu 0,23%.
Bolsa em alta
A Bovespa atingiu na quinta-feira passada seu pico histórico
de pontuação (42.069 pontos).
A ampliação do interesse dos
estrangeiros por ações de companhias brasileiras tem favorecido a alta da Bolsa de Valores
de São Paulo.
No mês, a Bovespa acumula
valorização de 6,35%.
"A diminuição recente da
percepção de risco de recessão
da economia americana para o
futuro próximo tem gerado fluxo positivo para os mercados de
risco, o que deve ser mantido
no médio prazo se não houver
surpresas relevantes na economia e nos juros nos EUA", diz
Julio Martins, diretor da Prosper Gestão de Recursos.
Segundo a Bovespa, o balanço mensal das operações feitas
pelos investidores estrangeiros
no mercado local está positivo
em R$ 421 milhões, até o dia 17.
Ou seja, os estrangeiros têm
mais comprado do que vendido
ações brasileiras.
"A Bovespa teve uma semana
de fortes ganhos, impulsionada
principalmente pela renovação
da perspectiva do rating do
Brasil de estável para positiva.
O fluxo estrangeiro dos últimos
pregões já mostra uma mudança dessa perspectiva, o que contribui para Bovespa renovar
mais recordes históricos até o
final do ano", segundo avaliação da Link Corretora.
Na semana passada, a agência de classificação de risco
Standard & Poor's decidiu revisar a perspectiva da nota soberana brasileira, de "estável" para "positiva". Isso é um sinal de
que a agência pode elevar em
breve a nota atribuída ao país.
O Brasil ainda tem uma nota
soberana ("BB") dois níveis
abaixo do grau de investimento, que é dado aos países que
carregam baixíssimo risco de
dar calote.
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