|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Endividamento já atinge 42% dos brasileiros, diz LatinPanel
A crise econômica atinge os
brasileiros com um nível elevado de endividamento. Cerca de
42% dos brasileiros já têm dívidas para pagar nos próximos 12
meses -11 pontos percentuais
acima da média de endividamento da América Latina. As
informações são de pesquisa
inédita da LatinPanel sobre o
consumo na região, com dados
de julho deste ano.
De acordo com Ana Cláudia
Fioratti, diretora-executiva da
LatinPanel Brasil, os dados refletem o movimento de expansão do crédito que a economia
brasileira vem passando nos últimos anos, puxada pela estabilização do real. O estudo leva
em consideração dívidas no
cartão de crédito, empréstimos
bancários, compras parceladas
e até o crédito informal, em
pontos de venda, por exemplo.
Para Fioratti, o nível de endividamento em 42% é positivo
para a economia, pois demonstra um aquecimento do consumo. No entanto, requer certa
cautela, pois a conjuntura econômica é de risco.
Em julho, cerca de 47% dos
brasileiros tinham a intenção
de contrair dívidas para consumir algum produto nos próximos 12 meses. A crise financeira pode mudar esses dados, e a
expansão pode ser menor do
que a esperada.
A previsão de Fioratti é que o
consumo no Brasil em 2008
mantenha os níveis registrados
no ano passado. Segundo ela, a
expectativa do varejo era de
compensar a retração sazonal
do consumo nos quatro primeiros meses do ano no segundo
semestre.
"Em maio, junho, julho e
agosto tivemos uma expansão
no consumo. Mas depois vieram as notícias negativas da
economia, que mudaram o cenário. No final das contas, teremos uma estabilização do consumo em relação a 2007", diz.
Para 2009, a diretora-executiva da LatinPanel não arrisca
projeções. Para ela, a manutenção da economia aquecida depende, principalmente, se a crise vai afetar os empregos.
"Nas famílias das classes C e
D o desemprego é o fator mais
importante na decisão de tomar crédito para o consumo."
Paris quer
mais turista brasileiro na crise
O diretor-geral do escritório
de Turismo de Paris, Paul Roll,
veio ao Brasil nesta semana
acompanhado de empresários
de 24 empresas francesas do
setor para estreitar o relacionamento com as agências de
viagens brasileiras.
Segundo Roll, Paris está de
olho no Brasil. Hoje, a cidade
recebe 400 mil turistas brasileiros por ano, mas quer duplicar esse número até 2020. O
setor quer atrair visitantes de
países emergentes para compensar a retração no número
de turistas europeus e americanos que viajam a Paris.
"Uma cidade como Paris,
que tem no turismo seu setor
econômico mais importante,
não pode ficar esperando o turista chegar. Tem que viajar
para apresentar a cidade a outros países. E o Brasil é um
mercado interessante, porque
muitas pessoas hoje têm a
oportunidade de viajar pelo
desenvolvimento econômico
do país", afirma Roll.
Para ele, a recente desvalorização do real ante o dólar
não deve reduzir o número de
pacotes de viagens para a capital francesa.
"Tivemos uma redução de
12% nos preços de hotéis e
serviços turísticos em Paris
pela queda na taxa de ocupação. Isso faz com que os preços
para os brasileiros se mantenham os mesmos de antes da
mudança cambial."
PAQUERA
Depois de o noivado com o
Bradesco não ter dado muito
certo, agora é o Banco do Brasil
que está arrastando uma asa para o Citibank brasileiro. Comenta-se que os dotes a serem
apresentados pelo BB são irrecusáveis.
CHOCOLATE
Até outubro, a Nestlé Brasil
produziu 130 mil toneladas de
chocolate no ano. O Brasil é o
maior mercado para chocolates
da marca.
EXTRAORDINÁRIA
Será realizada, nos dias 3 e
4, uma edição extraordinária
do Fórum Nacional, presidido pelo economista João
Paulo dos Reis Velloso, no
BNDES, no Rio. O evento,
que está incluído nas comemorações dos 20 anos da instituição, abordará saídas para
a crise e o desenvolvimento
cultural do Brasil. Participam
o ministro Paulo Bernardo
(Planejamento), Alessandro
Rebucci, economista-chefe-adjunto do BID, o ex-BC Affonso Celso Pastore e outros.
HISTÓRIAS
Marcelo Cherto, presidente e fundador do grupo
Cherto, lança, no dia 2, em
São Paulo, o livro "Somos
Todos Vendedores" (Editora Saraiva, 158 págs.), em
que conta, em 40 capítulos,
histórias reais que formam
um romance sobre vendas.
No livro, Cherto, que trouxe
o conceito de franchising ao
Brasil, dá dicas para aprimorar as vendas. O prefácio é de
Luiz Galebe, fundador e presidente do Shop Tour.
DE MADEIRA
O Madeira 2008, evento
internacional sobre desenvolvimento econômico sustentável da indústria de base
florestal e de geração de
energia, será realizado nos
dias 10 e 11 de dezembro, em
Porto Alegre. Estarão presentes dirigentes do setor de
base florestal como Antônio
Maciel, da Suzano, e outros.
O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, fará a
abertura do evento.
TELEFONE
A Oi prevê fechar 2008
com investimentos de
R$ 400 milhões em qualidade. Entre os esforços da
companhia está a adequação
às novas regras do SAC (Serviço de Atendimento ao
Consumidor). O call center
que atende a empresa aumentou em cerca de 20% o
número de operadores,
coordenadores e supervisores. O trabalho incluiu treinamentos e eventos.
MAIS UM GOLE
Para o Natal, a marca
Johnnie Walker investiu em
um novo modelo de negócios para seu uísque mais caro. Pela primeira vez no país,
o Johnnie Walker Blue Label terá um espaço conceitual de venda direta ao consumidor, no shopping Cidade Jardim, até 25 de dezembro, com todas as variações
já lançadas pela marca, onde
vai oferecer degustações e
embalagens luxuosas.
NEGÓCIOS NA MESA
O chef Erick Jacquin, do restaurante La Brasserie Erick Jacquin, que inaugurou uma sala para reuniões empresariais para até 50 pessoas com equipamento de projeção e de som; a sala, que fica no mezanino do restaurante, ocupa a antiga adega da importadora Expand, que foi deslocada para um espaço menor
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
Próximo Texto: Petrobras recorreu à Caixa para obter crédito de R$ 2 bi Índice
|