|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CSN é acusada de não pagar US$ 105 mi de matéria-prima
DA BLOOMBERG
A Glencore, a maior trading
de commodities do mundo, entrou com uma ação na Justiça
americana acusando a siderúrgica brasileira CSN de desistir e
não pagar US$ 105 milhões por
três carregamentos de matérias-primas entre julho e agosto. Segundo a empresa suíça,
que cobrava US$ 36 milhões de
indenização, já houve um acerto entre as duas companhias.
"As atividades comerciais
normais foram retomadas",
disse, em comunicado, a Glencore. Segundo a ação ingressada no dia 19 deste mês na Justiça de Indianápolis (EUA), a
CSN se recusou a aceitar ou pagar três carregamentos de coque metalúrgico. No tribunal,
não há nenhuma informação
de acerto entre as empresas.
Procurada, a CSN afirmou que
não comentaria o caso.
A Glencore é a principal acionista da Xstrata, a mineradora
anglo-suíça que foi alvo da Vale
até março deste ano. A disputa
com a empresa brasileira pelos
direitos de comercialização dos
produtos da Xstrata foi considerada o principal entrave para
que o negócio não ocorresse.
A CSN teve uma queda de
94,3% no seu lucro entre julho
e setembro (período em que foi
realizado o negócio com a Glencore) na comparação com os
mesmos meses do ano passado.
No terceiro trimestre deste
ano, ela obteve lucro de R$ 39,6
milhões. A siderúrgica atribuiu
a redução dos ganhos a uma
perda de R$ 1,3 bilhão com um
derivativo ligados a ações.
No balanço do terceiro trimestre, a CSN também cita o
cenário de incerteza. Para ela,
apesar dos resultados favoráveis registrados pela indústria
automobilística, há perspectiva
de arrefecimento das vendas e
da produção de veículos no
país. Na parte de linha branca
(como geladeiras), diz que as
restrições de crédito, a alta taxa
de juros e o câmbio volátil podem afetar o consumo.
Com a desaceleração da economia global, a demanda por
metais está caindo, derrubando
os preços das matérias-primas.
As vendas para o mercado externo de laminados e semi-acabados pelas usinas brasileiras
caíram 26,4% no mês passado
em relação ao mesmo período
de 2007, de acordo com o Instituto Brasileiro de Siderurgia.
O preço do coque chinês recuou 52% depois de atingir o
pico deste ano, em julho. Já os
preços das chapas de aço recuaram 20% nos EUA neste mês.
Colaborou a Redação
Texto Anterior: Construtora cita impossibilidade de fazer obra Próximo Texto: Foco: Citroën decide antecipar férias coletivas e vai rever metas de crescimento Índice
|