São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

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Para analistas, setor não terá "reviravolta"

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da forte captação dos fundos de renda fixa e DI neste começo de ano, os analistas não acreditam que haverá uma virada na participação dessas categorias no patrimônio total da indústria de fundos.
Os fundos de renda fixa, que ainda representam a maior categoria do mercado, viram sua participação no total subir de 31,19% em 2007 para 31,90% agora. Os dados são da Anbid.
A elevação é muito pequena se for comparada ao que a categoria já representou na história do mercado de fundos: em 1992 detinha quase 97% do mercado.
"Por mais que haja um aumento de interesse pelos fundos de renda fixa e DI, jamais vão retomar àqueles níveis de participação que detinham na década passada. O movimento recente de migração que vimos para esses fundos é mais algo pontual", afirma Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Gradual Corretora.
No caso dos fundos DI, houve uma elevação de 15,07% para 15,73% de participação entre 2007 e agora. O auge dos fundos DI ocorreu no fim da década de 90, quando abocanharam cerca de 34% do mercado.
Essas duas categorias são fortemente influenciadas pelo rumo das taxas de juros. Nos momentos de juros em níveis mais elevados, era normal que acabassem por atrair maior volume de recursos, pois representam riscos menores e garantiam bons retornos.
Os fundos DI buscam acompanhar a oscilação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é uma espécie de aplicação negociada apenas entre os bancos, normalmente pelo prazo de um dia e que rendem uma taxa de juros. Para isso, investem em títulos públicos ou privados que sigam a taxa básica Selic. Já os fundos de renda fixa tem a obrigação de aplicarem no mínimo 80% de sua carteira em títulos públicos federais ou outros papéis de baixo risco de crédito. Muitos desses títulos pagam taxas prefixadas, que são definidas previamente.
No ano passado, os fundos de renda fixa deram retorno médio de 12,3%. Os fundos DI pagaram, em média, 11,8%, segundo cálculos da Anbid. Com um retorno muito inferior ao da Bolsa de Valores, haviam perdido público em 2007. (FV)


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