São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

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CRISE NOS MERCADOS / REFLEXOS

Brasil é visto com otimismo por investidor

Empresários em Davos dizem que o país e outros emergentes podem ter um "descolamento relativo" da crise americana

Divisão entre desenvolvidos e emergentes fica de novo clara no Fórum Econômico; previsões pessimistas se restringem aos mais ricos

DA ENVIADA ESPECIAL A DAVOS

A divisão entre países desenvolvidos e emergentes ficou mais uma vez clara no Fórum Econômico Mundial 2008, encerrado ontem em Davos.
Prognósticos mais pessimistas e cautelosos sobre os impactos da desaceleração econômica vinham predominantemente do primeiro grupo, de participantes dos países ricos.
Investidores estrangeiros no Brasil demonstraram-se ainda otimistas com o país e apostavam num "decoupling" relativo, um certo descolamento da crise norte-americana.
O presidente-executivo global da PricewaterhouseCoopers, Sam Di Piazza, chegou a dizer à Folha, sobre a possibilidade de o Brasil conseguir a tão esperada melhora de classificação de risco ainda neste ano: "Nós estamos olhando muito de perto o recente boom do investimento estrangeiro direto no Brasil, um movimento que pode se tornar logo mais revigorado pela melhora de rating para "investment grade" [grau de investimento, com baixo risco] que a maioria dos economistas espera para este ano".
Paulo Azevedo, presidente do grupo português Sonae, presente em 40 países, se disse "muito otimista com Brasil".
"Estamos estudando novos investimentos, além do que já foi recentemente anunciado", disse à Folha, no Fórum.
Stephen Schwarzman, presidente-executivo do grupo Blackstone, uma das gigantes do setor de administração de recursos, disse à Folha que mercados emergentes estão mais bem preparados para lidar com a desaceleração americana. O grupo anunciou, na semana passada, investimento de US$ 500 milhões no país.
Carlos Ghosn, presidente da Renault e da Nissan, por sua vez, engrossou o coro dos "relativamente otimistas com Brasil". O presidente-executivo da Brasil Telecom, Ricardo Knoelfelmacher, também disse que só encontrou empresários estrangeiros com boa avaliação do país. (MARIA CRISTINA FRIAS)


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