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Agricultura cresce 11% nos últimos dois anos
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
A agropecuária está sendo a salvação do Produto Interno Bruto
nos últimos anos. Enquanto o PIB
cresceu apenas 1,7% no biênio
2002/3 (resultado do crescimento
de 1,93% em 2002 e da queda de
0,20% em 2003), a agricultura
acumula crescimento de 10,8%
nesses dois anos.
Só no ano passado a agropecuária cresceu 5%, segundo os números divulgados ontem pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística).
Quem se impressionar com esses dados ficará ainda mais admirado com os que estão para ser divulgados pela CNA (Confederação da Agropecuária e Pecuária
do Brasil) e pelo Cepea/Esalq
(Centro de Estudos Avançados
em Economia Aplicada).
Apenas no ano passado, a agropecuária teve crescimento superior a 12,3%, enquanto o agronegócio subiu mais de 7%. É o que
vão informar as duas entidades.
Segundo a CNA, a participação do
agronegócio subirá para 31% do
PIB no ano passado, contra 29%
em 2002.
Getúlio Pernambuco, da CNA,
explica as diferenças desses números. O indicador do IBGE mostra a quantidade produzida, enquanto os da CNA e do Cepea registram também a evolução dos
preços das mercadorias, que estão
com forte aceleração.
Os dados do IBGE e da CNA são
um retrato do forte desenvolvimento da agricultura e da pecuária brasileiras nos últimos anos.
Após patinar vários anos em volume próximo de 90 milhões de
toneladas de grãos, o país finalmente superou os 100 milhões,
atingindo 123 milhões no ano
passado.
Tanto o setor de grãos como o
de carnes respondem a uma forte
demanda internacional por commodities (tipos particulares de
mercadorias).
Ao contrário de outros países,
que perderam produção e mercados por seca ou problemas sanitários, o Brasil passou incólume por
essas adversidades nos últimos
anos.
Febre da soja
A agricultura, por exemplo, vive
a febre da soja, que vem batendo
sucessivos recordes e dobrou de
produção em apenas seis anos. O
país aprendeu também a produzir outros produtos em grandes
quantidades, como milho, algodão e frutas.
Já no setor de carnes, o país ganhou vários mercados nos últimos anos e disputa a liderança
nas receitas externas em carne bovina e de frango com outros líderes dos setor.
A boa evolução da lavoura e da
pecuária movimentou também as
indústrias de máquinas, veterinária, adubos, defensivos e insumos
em geral.
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