São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 2004

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Agricultura cresce 11% nos últimos dois anos

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A agropecuária está sendo a salvação do Produto Interno Bruto nos últimos anos. Enquanto o PIB cresceu apenas 1,7% no biênio 2002/3 (resultado do crescimento de 1,93% em 2002 e da queda de 0,20% em 2003), a agricultura acumula crescimento de 10,8% nesses dois anos.
Só no ano passado a agropecuária cresceu 5%, segundo os números divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Quem se impressionar com esses dados ficará ainda mais admirado com os que estão para ser divulgados pela CNA (Confederação da Agropecuária e Pecuária do Brasil) e pelo Cepea/Esalq (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Apenas no ano passado, a agropecuária teve crescimento superior a 12,3%, enquanto o agronegócio subiu mais de 7%. É o que vão informar as duas entidades. Segundo a CNA, a participação do agronegócio subirá para 31% do PIB no ano passado, contra 29% em 2002.
Getúlio Pernambuco, da CNA, explica as diferenças desses números. O indicador do IBGE mostra a quantidade produzida, enquanto os da CNA e do Cepea registram também a evolução dos preços das mercadorias, que estão com forte aceleração.
Os dados do IBGE e da CNA são um retrato do forte desenvolvimento da agricultura e da pecuária brasileiras nos últimos anos. Após patinar vários anos em volume próximo de 90 milhões de toneladas de grãos, o país finalmente superou os 100 milhões, atingindo 123 milhões no ano passado.
Tanto o setor de grãos como o de carnes respondem a uma forte demanda internacional por commodities (tipos particulares de mercadorias).
Ao contrário de outros países, que perderam produção e mercados por seca ou problemas sanitários, o Brasil passou incólume por essas adversidades nos últimos anos.

Febre da soja
A agricultura, por exemplo, vive a febre da soja, que vem batendo sucessivos recordes e dobrou de produção em apenas seis anos. O país aprendeu também a produzir outros produtos em grandes quantidades, como milho, algodão e frutas.
Já no setor de carnes, o país ganhou vários mercados nos últimos anos e disputa a liderança nas receitas externas em carne bovina e de frango com outros líderes dos setor.
A boa evolução da lavoura e da pecuária movimentou também as indústrias de máquinas, veterinária, adubos, defensivos e insumos em geral.


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