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RIQUEZA AMERICANA
Investimentos privados puxam a alta
Economia dos EUA avança 4,1% no trimestre e cresce 3,1% no ano
DA REDAÇÃO
A economia norte-americana
cresceu no último trimestre do
ano passado mais do que o estimado inicialmente, puxada por
um forte avanço nos investimentos privados. Os números trazem
a expectativa de uma queda no
desemprego e de um sólido crescimento econômico neste ano.
De acordo com números revisados, divulgados ontem pelo Departamento de Comércio dos
EUA, o PIB (Produto Interno
Bruto) do país cresceu a um ritmo
anualizado de 4,1% nos três últimos meses do ano passado. Isso
representa um avanço de 1% em
relação ao terceiro trimestre.
O ritmo ficou ligeiramente acima da expectativa dos analistas.
Na estimativa anterior, o Departamento de Comércio havia informado que a taxa anualizada de
crescimento no período tinha sido de 4%. No terceiro trimestre, a
taxa anualizada tinha sido de expressivos 8,2%.
Apesar dos bons números, as
Bolsas fecharam estáveis.
No ano passado como um todo,
o crescimento econômico do país
ficou em 3,1%, o melhor resultado
desde 2000, quando a economia
havia registrado uma expansão de
3,7%. Os EUA viveram um ano de
recessão em 2001 e, no ano seguinte, o crescimento havia permanecido fraco.
Os investimentos privados tiveram um avanço de 9,6% no último trimestre, bem acima da estimativa inicial, de 6,9%. Em um
aspecto bastante positivo, os gastos em equipamentos e softwares
avançaram 15,1%.
Salto nas exportações
Possivelmente favorecidas pelo
enfraquecimento do dólar, as exportações norte-americanas tiveram um forte crescimento de 21%
entre julho e dezembro, o melhor
número desde 1996. O consumo
das famílias cresceu a uma taxa
anualizada de 2,7% no trimestre.
"Os números confirmam que a
economia foi bem na segunda
metade do ano passado e indicam
um bom cenário para o primeiro
trimestre deste ano", disse Joe LaVorgna, diretor do banco Deutsche Bank em Nova York.
A despeito dos bons números
do PIB, a confiança dos consumidores norte-americanos apresentou um acentuado recuo neste
mês, de acordo com pesquisa da
Universidade de Michigan.
O índice de confiança dos consumidores recuou para 94,4 pontos. Em janeiro, o indicador havia
subido para 103,8 pontos.
De acordo com analistas, um
dos motivos que podem explicar
essa queda é a campanha eleitoral
para a Presidência norte-americana, que tem sido centrada em temas econômicos, como desemprego e déficit público. Isso estaria deixando os consumidores
mais receosos sobre a economia.
O indicador é um dos mais observados nos EUA porque o consumo das famílias responde por
dois terços do PIB e é o principal
motor do crescimento econômico
do país. Quanto maior a confiança, maior a tendência de o consumidor gastar.
Com agências internacionais
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