São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 2004

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RIQUEZA AMERICANA

Investimentos privados puxam a alta

Economia dos EUA avança 4,1% no trimestre e cresce 3,1% no ano

DA REDAÇÃO

A economia norte-americana cresceu no último trimestre do ano passado mais do que o estimado inicialmente, puxada por um forte avanço nos investimentos privados. Os números trazem a expectativa de uma queda no desemprego e de um sólido crescimento econômico neste ano.
De acordo com números revisados, divulgados ontem pelo Departamento de Comércio dos EUA, o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu a um ritmo anualizado de 4,1% nos três últimos meses do ano passado. Isso representa um avanço de 1% em relação ao terceiro trimestre.
O ritmo ficou ligeiramente acima da expectativa dos analistas. Na estimativa anterior, o Departamento de Comércio havia informado que a taxa anualizada de crescimento no período tinha sido de 4%. No terceiro trimestre, a taxa anualizada tinha sido de expressivos 8,2%.
Apesar dos bons números, as Bolsas fecharam estáveis.
No ano passado como um todo, o crescimento econômico do país ficou em 3,1%, o melhor resultado desde 2000, quando a economia havia registrado uma expansão de 3,7%. Os EUA viveram um ano de recessão em 2001 e, no ano seguinte, o crescimento havia permanecido fraco.
Os investimentos privados tiveram um avanço de 9,6% no último trimestre, bem acima da estimativa inicial, de 6,9%. Em um aspecto bastante positivo, os gastos em equipamentos e softwares avançaram 15,1%.

Salto nas exportações
Possivelmente favorecidas pelo enfraquecimento do dólar, as exportações norte-americanas tiveram um forte crescimento de 21% entre julho e dezembro, o melhor número desde 1996. O consumo das famílias cresceu a uma taxa anualizada de 2,7% no trimestre.
"Os números confirmam que a economia foi bem na segunda metade do ano passado e indicam um bom cenário para o primeiro trimestre deste ano", disse Joe LaVorgna, diretor do banco Deutsche Bank em Nova York.
A despeito dos bons números do PIB, a confiança dos consumidores norte-americanos apresentou um acentuado recuo neste mês, de acordo com pesquisa da Universidade de Michigan.
O índice de confiança dos consumidores recuou para 94,4 pontos. Em janeiro, o indicador havia subido para 103,8 pontos.
De acordo com analistas, um dos motivos que podem explicar essa queda é a campanha eleitoral para a Presidência norte-americana, que tem sido centrada em temas econômicos, como desemprego e déficit público. Isso estaria deixando os consumidores mais receosos sobre a economia.
O indicador é um dos mais observados nos EUA porque o consumo das famílias responde por dois terços do PIB e é o principal motor do crescimento econômico do país. Quanto maior a confiança, maior a tendência de o consumidor gastar.


Com agências internacionais


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