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Desemprego volta a crescer na Europa
DA REDAÇÃO
O desemprego continuou a
avançar pela Europa no mês
passado, mostrando que a
crise iniciada em 2008 e que
empurrou o bloco para a recessão segue ganhando força
neste começo de ano.
A taxa de desemprego na
zona do euro (formada por 16
países) passou de 8,1%, em
dezembro do ano passado,
para 8,2%, a maior em mais
de dois anos. Na comparação
com janeiro do ano passado,
o aumento do desemprego
foi de 0,9 ponto percentual.
O crescimento significa que
de dezembro para janeiro
mais 256 mil pessoas perderam seu trabalho -desde janeiro de 2008, a conta cresce
para 1,64 milhão de desempregados.
Na União Europeia (que
tem mais 11 países além dos
que integram a zona do euro), o desemprego subiu 0,1
ponto percentual entre dezembro e janeiro, para 7,6%.
Cerca de 2,2 milhões de trabalhadores foram demitidos
desde janeiro de 2008.
Como nos últimos meses,
a Espanha continua a ostentar a maior taxa de desemprego da Europa (passou de
14,3%, em dezembro, para
14,8%, no mês passado), mas
o crescimento ocorreu em
praticamente todos os países
-dos 23 membros da UE que
divulgaram os dados de janeiro, só na Bélgica e na Áustria não houve aumento da
taxa. No primeiro caso, houve queda, no segundo, a taxa
ficou igual à de dezembro.
Além da Espanha, chama a
atenção o avanço do desemprego nos países bálticos. Na
Letônia, onde o governo caiu
neste mês, a taxa cresceu de
10,6% em dezembro para
12,3%. O aumento na Lituânia nesse mesmo período foi
de 1,6 ponto percentual, para
9,8%. E a Estônia fechou janeiro com uma taxa de desemprego de 8,6%, ante 7,7%
no mês anterior.
Com a inflação anual de janeiro recuando para 1,1% (o
menor patamar em dez
anos), ante 1,6% no último
mês de 2008, o BCE (Banco
Central Europeu) deve retomar a sua política de corte de
juros na semana que vem,
num momento em que a região enfrenta a pior recessão
desde a Segunda Guerra.
Ontem, a Dinamarca (que
só faz parte da UE) e a Finlândia (que está na zona do
euro) confirmaram que entraram em recessão nos últimos três meses do ano passado, após registrarem o segundo trimestre consecutivo
de retração no PIB. Na Dinamarca, a queda foi de 2%, e,
na Finlândia, de 1,3%.
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