São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 2009

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Desemprego volta a crescer na Europa

DA REDAÇÃO

O desemprego continuou a avançar pela Europa no mês passado, mostrando que a crise iniciada em 2008 e que empurrou o bloco para a recessão segue ganhando força neste começo de ano.
A taxa de desemprego na zona do euro (formada por 16 países) passou de 8,1%, em dezembro do ano passado, para 8,2%, a maior em mais de dois anos. Na comparação com janeiro do ano passado, o aumento do desemprego foi de 0,9 ponto percentual. O crescimento significa que de dezembro para janeiro mais 256 mil pessoas perderam seu trabalho -desde janeiro de 2008, a conta cresce para 1,64 milhão de desempregados.
Na União Europeia (que tem mais 11 países além dos que integram a zona do euro), o desemprego subiu 0,1 ponto percentual entre dezembro e janeiro, para 7,6%. Cerca de 2,2 milhões de trabalhadores foram demitidos desde janeiro de 2008.
Como nos últimos meses, a Espanha continua a ostentar a maior taxa de desemprego da Europa (passou de 14,3%, em dezembro, para 14,8%, no mês passado), mas o crescimento ocorreu em praticamente todos os países -dos 23 membros da UE que divulgaram os dados de janeiro, só na Bélgica e na Áustria não houve aumento da taxa. No primeiro caso, houve queda, no segundo, a taxa ficou igual à de dezembro.
Além da Espanha, chama a atenção o avanço do desemprego nos países bálticos. Na Letônia, onde o governo caiu neste mês, a taxa cresceu de 10,6% em dezembro para 12,3%. O aumento na Lituânia nesse mesmo período foi de 1,6 ponto percentual, para 9,8%. E a Estônia fechou janeiro com uma taxa de desemprego de 8,6%, ante 7,7% no mês anterior.
Com a inflação anual de janeiro recuando para 1,1% (o menor patamar em dez anos), ante 1,6% no último mês de 2008, o BCE (Banco Central Europeu) deve retomar a sua política de corte de juros na semana que vem, num momento em que a região enfrenta a pior recessão desde a Segunda Guerra.
Ontem, a Dinamarca (que só faz parte da UE) e a Finlândia (que está na zona do euro) confirmaram que entraram em recessão nos últimos três meses do ano passado, após registrarem o segundo trimestre consecutivo de retração no PIB. Na Dinamarca, a queda foi de 2%, e, na Finlândia, de 1,3%.


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