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PORTOS
Obras terão de ser paralisadas
Juiz anula contrato de terminal no Guarujá
BRUNO STARNINI JUNIOR
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
A Justiça Federal concedeu liminar (decisão provisória) que considera nulo o contrato de arrendamento firmado pela Codesp
(Companhia Docas do Estado de
São Paulo) com a Brasil Ferrovias
para a construção do TGG (Terminal de Granéis do Guarujá).
Com isso, a concessionária ferroviária Ferronorte, do grupo
Brasil Ferrovias, é obrigada a parar as obras preparatórias para a
construção do terminal, que fica
em uma área de 504,8 mil m2 na
margem esquerda do cais santista, no Guarujá.
Na liminar, concedida no dia
20, o juiz federal substituto da 4ª
Vara Federal em Santos, Roberto
Lemos dos Santos Filho, considera que a Codesp, a estatal federal
que administra o porto, deveria
ter feito uma licitação para ceder a
área à Brasil Ferrovias.
Segundo o Ministério dos
Transportes, o contrato de concessão da Ferronorte, assinado
em maio de 1989, garante à ferrovia o direito de utilizar a área para
construir e operar o terminal.
Para o Ministério Público, que
pediu a liminar, o contrato prevê
a doação de áreas na zona portuária para o escoamento dos grãos
transportados. Mas não inclui terrenos que permitam a operação
portuária, o que ficará caracterizado com a instalação do TGG.
A assessoria de imprensa da
Ferronorte informou que atualmente estão sendo concluídos os
trabalhos de terraplenagem da
área em que o TGG será construído. As obras do terminal estão
previstas para começar no final de
maio ou no início de junho.
Após concluída a obra, prevista
para pouco mais de sete anos, o
TGG poderá movimentar 7,5 milhões de toneladas anuais. Com
isso, a Ferronorte levará por ano
para Santos, desde o Centro-Oeste, 10 milhões de toneladas, incluídos os 2,5 milhões de toneladas de
capacidade do Terminal 39, na
margem direita, inaugurado em
2002. O custo do TGG é estimado
em R$ 200 milhões.
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