São Paulo, terça-feira, 28 de março de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BLOCO

Instalação dificulta a agenda

Fábricas de celulose "travam" o Mercosul

DE BUENOS AIRES

A agenda do Mercosul é hoje refém da resolução do conflito entre Argentina e Uruguai por conta da construção de indústrias de celulose no lado uruguaio.
A avaliação emerge de declarações do presidente da Comissão Permanente de Representantes do Mercosul, o ex-vice-presidente argentino Chacho Alvarez.
"O conflito das fábricas de celulose termina pondo em segundo plano todas as atividades", disse.
Alvarez defendeu, porém, a decisão dos demais sócios do Mercosul de não interferir no conflito e deixar que argentinos e uruguaios resolvam o problema.
Um dos motivos é a fragilidade institucional do bloco -há um vácuo em termos de legislação ambiental e só há um tribunal para a resolução de controvérsias basicamente comerciais.
"Diferentemente das regras existentes na União Européia, o Mercosul não tem uma legislação ambiental comum, onde esteja previsto o impacto de cada tipo de indústria", afirmou.
Desde novembro, é grande a tensão entre os vizinhos pela instalação de duas indústrias de celulose em território uruguaio, próximo à fronteira com a Argentina. O governo argentino afirma que a construção poluirá o rio Uruguai, compartilhado pelos países, e destruirá a agricultura e o turismo na região.
A oposição argentina gerou protestos de ambientalistas e o bloqueio das principais fronteiras terrestres com o Uruguai.


Texto Anterior: Ajuda: Slim faz doação de US$ 2,5 bi no México
Próximo Texto: Panorâmica - Comércio exterior: Saldo da balança comercial chega a US$ 8,7 bi, mas ritmo de crescimento cai
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.