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VÔO BAIXO
Federação do setor em SC, Estado que mais exporta frango no país, estima que 10 mil corram o risco de demissão
Gripe aviária deixa 900 em férias coletivas
DA REUTERS
A partir de ontem, 900 funcionários da indústria de aves entraram em férias coletivas em Santa
Catarina, maior Estado exportador de carne de frango do Brasil,
afirmou o vice-presidente da
Faesc (Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado de Santa Catarina), Enori Barbieri.
Segundo Barbieri, a Seara, terceira maior processadora de aves
do país, já demitiu no Estado cerca de 270 funcionários e outras
empresas poderão adotar medidas semelhantes em conseqüência da queda nas exportações brasileiras de frango em meio ao temor da gripe aviária em mercados consumidores.
"Com as férias coletivas, a indústria espera que isso [a queda
no consumo mundial] se reverta
em 60 dias, senão começam as demissões", disse Barbieri, que acredita que cerca de 10 mil funcionários corram o risco de perder empregos no Estado.
Segundo dados da Abef (Associação Brasileira dos Produtores e
Exportadores de Frangos), os embarques em fevereiro somaram
198.887 toneladas, queda de 8%
em relação a fevereiro de 2005 e
de 7% em comparação a janeiro
deste ano.
A média das exportações de
Santa Catarina é de 100 mil toneladas por mês, de acordo com
Barbieri, mas em janeiro e fevereiro deste ano as vendas externas
recuaram 10% por mês. E em
março as exportações devem registrar perda de 20%.
A Abef projeta uma redução na
produção nacional de 25%, devido ao cenário internacional desfavorável, que está derrubando os
preços do frango no mercado interno. Entretanto, a indústria pretende intervir para evitar maior
desvalorização do produto.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação (Contac/CUT), Siderlei de
Oliveira, algumas empresas fizeram acordo para, a partir de 16 de
abril, interromper abates, o que
levará à redução na oferta local.
Já o presidente do Sindicato e
Associação do Sindiavipar (Abatedouros e Produtores Avícolas
do Paraná), Domingos Martins,
acredita que o quadro de funcionários da indústria deve passar
por um ajuste e diz que que, até
agora, demissões no Estado não
foram significativas.
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