DA REDAÇÃO

O mercado financeiro vem atentando ao comportamento socialmente responsável das empresas por meio de quatro mecanismos: o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE); os fundos de investimento socialmente responsáveis; e as limitações a financiamentos impostos pelos Princípios do Equador.
O ISE, lançado em dezembro último pela Bolsa de Valores de São Paulo, reflete o retorno de uma carteira composta por ações das 28 empresas cujos indicadores de sustentabilidade foram considerados os melhores entre as 121 companhias mais líquidas do mercado. "O ISE tem se mantido acima do Ibovespa", aponta Mario Monzoni, professor da FGV-Eaesp que trabalhou na elaboração do índice.
Os fundos de investimento "socialmente responsáveis" são outra forma de prestigiar as empresas que ajustaram suas condutas. O Bradesco tem dois atrelados ao ISE, cada um com patrimônio líquido na casa dos R$ 20 milhões.O Itaú criou em 2004 o Excelência Social, com perfil semelhante -o patrimônio chega a R$ 52,65 milhões. O Real tem o Ethical desde 2001.
Outra forma de o mercado prestigiar as empresas de práticas mais modernas é a regulamentação dos Princípios do Equador, conjunto de regras que estabelece critérios ambientais e de responsabilidade social desenvolvido pela IFC (International Finance Corporation), órgão do Banco Mundial para concessão de crédito com valor acima de US$ 50 milhões. Unibanco, Real, Itaú e Bradesco são algumas das instituições que já seguem os princípios.


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