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Oi fecha acordo para a compra da Brasil Telecom
Operação esbarrava em pendências entre sócios da BrT
GUILHERME BARROS
COLUNISTA DA FOLHA
Foi fechado ontem o acordo
de compra da Brasil Telecom
pela Oi (ex-Telemar). Todas as
pendências envolvendo os sócios Citigroup e Opportunity,
do empresário Daniel Dantas,
que eram o último empecilho
na BrT, foram resolvidas.
O negócio, que depende de
mudança na legislação do setor
e de aprovação pelos órgãos reguladores, gira em torno de R$
8 bilhões. O fato relevante sobre a operação deverá ser publicado na próxima semana. O
governo federal, que foi o principal inspirador do negócio, foi
informado na noite de ontem.
A assinatura de um acordo
prévio foi feita na sede da Andrade Gutierrez, em Botafogo,
no Rio de Janeiro, onde estava
montada uma espécie de "quartel general" com as partes envolvidas. Nos últimos dias, os
negociadores viraram noites
para o acordo ser fechado.
O fechamento da operação
demorou em razão das disputas
judiciais envolvendo o Citigroup e o Opportunity. No início da semana, os principais envolvidos no negócio, os empresários Carlos Jereissati (La
Fonte) e Sérgio Andrade (Andrade Gutierrez), chegaram a
cogitar uma saída sem o acerto
entre o Opportunity e o Citi.
Outra opção que também
chegou a ser pensada foi a de se
buscar uma arbitragem internacional para resolver essas
pendências. Ontem essa alternativa foi descartada. As partes
chegaram a um acordo, e a papelada final deve ser assinada
na próxima semana, quando
deverá ser divulgado o fato relevante do negócio.
Outra batalha judicial, que
envolvia os fundos de pensão e
o Opportunity, já tinha chegado a um acordo há mais tempo.
As duas partes deverão retirar
as questões na Justiça envolvendo uma das maiores disputas empresariais do país.
Os grupos Andrade Gutierrez e La Fonte, que serão os
principais controladores da nova tele, só admitiam a compra
da BrT com todas as pendências judiciais solucionadas.
Ontem a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)
informou que adiou a definição
sobre a mudança na lei que poderá permitir a compra da BrT.
Segundo a agência, a proposta
não foi concluída pela área técnica do órgão. "É questão de semanas", disse Ronaldo Sardenberg, presidente.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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