São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 2008

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Oi fecha acordo para a compra da Brasil Telecom

Operação esbarrava em pendências entre sócios da BrT

GUILHERME BARROS
COLUNISTA DA FOLHA

Foi fechado ontem o acordo de compra da Brasil Telecom pela Oi (ex-Telemar). Todas as pendências envolvendo os sócios Citigroup e Opportunity, do empresário Daniel Dantas, que eram o último empecilho na BrT, foram resolvidas.
O negócio, que depende de mudança na legislação do setor e de aprovação pelos órgãos reguladores, gira em torno de R$ 8 bilhões. O fato relevante sobre a operação deverá ser publicado na próxima semana. O governo federal, que foi o principal inspirador do negócio, foi informado na noite de ontem.
A assinatura de um acordo prévio foi feita na sede da Andrade Gutierrez, em Botafogo, no Rio de Janeiro, onde estava montada uma espécie de "quartel general" com as partes envolvidas. Nos últimos dias, os negociadores viraram noites para o acordo ser fechado.
O fechamento da operação demorou em razão das disputas judiciais envolvendo o Citigroup e o Opportunity. No início da semana, os principais envolvidos no negócio, os empresários Carlos Jereissati (La Fonte) e Sérgio Andrade (Andrade Gutierrez), chegaram a cogitar uma saída sem o acerto entre o Opportunity e o Citi.
Outra opção que também chegou a ser pensada foi a de se buscar uma arbitragem internacional para resolver essas pendências. Ontem essa alternativa foi descartada. As partes chegaram a um acordo, e a papelada final deve ser assinada na próxima semana, quando deverá ser divulgado o fato relevante do negócio.
Outra batalha judicial, que envolvia os fundos de pensão e o Opportunity, já tinha chegado a um acordo há mais tempo. As duas partes deverão retirar as questões na Justiça envolvendo uma das maiores disputas empresariais do país.
Os grupos Andrade Gutierrez e La Fonte, que serão os principais controladores da nova tele, só admitiam a compra da BrT com todas as pendências judiciais solucionadas.
Ontem a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) informou que adiou a definição sobre a mudança na lei que poderá permitir a compra da BrT. Segundo a agência, a proposta não foi concluída pela área técnica do órgão. "É questão de semanas", disse Ronaldo Sardenberg, presidente.


Colaborou a Sucursal de Brasília


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