São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 2006

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LIGAÇÕES PERIGOSAS

Diretoria quer responsabilizar ex-executivos por má gestão

Assembléias da BrT correm risco

JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

A atenção do mercado de telecomunicações volta-se hoje à BrT (Brasil Telecom), operadora de telefonia fixa alvo da maior disputa societária do país. O motivo é a realização das assembléias de acionistas da BrT Participações e da própria concessionária, marcadas para esta manhã.
Há incerteza quanto à realização das assembléias. A Justiça de Nova York diz que a reunião pode ser realizada sem problemas. Essa interpretação é a usada pelos advogados dos fundos de pensão e do Citigroup, atuais gestores da Brasil Telecom. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, contudo, restabeleceu o acordo "guarda-chuva" -documento que devolve ao Opportunity os poderes sobre a holding e a operadora.
A expectativa é que as assembléias de hoje sirvam para analisar as contas da BrT em 2005. Os atuais gestores devem propor veto aos atos de gestão perpetrados pelo Opportunity. Tais atos já foram alvo de duas representações na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Os atuais executivos da BrT, ligados aos fundos de pensão e ao Citigroup, querem responsabilizar os antigos gestores da BrT por contratos que eles vêem como lesivos à companhia.
De janeiro até agora, 17 protestos foram apresentados à Justiça fluminense. Entre os arrolados estão o banqueiro Daniel Dantas e suas irmãs, Verônica e Mônica; a ex-presidente da BrT Carla Cico e outros executivos antes ligados ao Opportunity: Luiz Octávio da Motta Veiga; Paulo Pedrão Rio Branco, Sami Arap Sobrinho, Maria Amália Coutrim, Rodrigo Andrade, Raimundo Barreto, Manuel Ribeiro Filho e Cláudio Jambeiro Guimarães, dentre outras pessoas físicas e jurídicas.
Procurado, o Opportunity esclarece que o protesto não é um processo judicial e, portanto, não há acusação formal contra os citados. De acordo com a assessoria do grupo, o único raciocínio possível é que a divulgação dos nomes visa usar a mídia para interferir na disputa.


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