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Bush recebe empresários do Brasil e dos EUA para incentivar negócios
Na pauta, reforma tributária e diminuição da burocracia entre os dois países
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
O presidente George W.
Bush recebe hoje na Casa Branca representantes de pesos-pesados de empresas brasileiras e
norte-americanas que discutirão, entre outros assuntos, mudanças tributárias, parceria público-privada e diminuição da
burocracia na relação entre os
dois países. Estarão na reunião
os ministros brasileiros Dilma
Rousseff (Casa Civil) e Miguel
Jorge (Desenvolvimento).
O encontro será o ponto
principal da programação do 2º
Fórum de CEOs Brasil-EUA,
que contará com dirigentes de
20 das maiores empresas dos
dois países, na capital norte-americana. Segundo funcionário do Itamaraty familiar com
os preparativos da reunião dos
empresários, bitributação e
problemas na concessão de vistos estão no topo da agenda.
Sobre o primeiro assunto, os
representantes dos respectivos
governos devem apresentar relatório -feito a partir de encontro em março, em Brasília,
de funcionários do Tesouro
americano e da Receita Federal- que conclui que as dificuldades para um acordo são grandes, principalmente pelas diferenças de legislação e pela exigência dos EUA de uma maior
abertura de dados do Brasil.
A concessão de vistos é outra
questão a ser discutida. Os brasileiros reclamam da demora;
os americanos, de que há limite
de cinco anos nos vistos para
empresários. Os EUA prometerão abertura de novos consulados e contratação de funcionários. O Brasil acenará com a nova Lei do Estrangeiro, que prevê visto de dez anos.
Josué Gomes da Silva, da Coteminas, e Tim Solso, da Cummings, representarão seus colegas no encontro com Bush.
"O encontro é uma oportunidade única de juntar a energia e
o conhecimento dos líderes do
setor privado ao diálogo bilateral", disse Tony Fratto, porta-voz interino da Casa Branca.
O Fórum dos CEOs se reuniu
pela primeira vez em outubro
de 2007, em Brasília, quando os
empresários foram recebidos
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Granja do Torto.
Paulson e o PAC
Ainda hoje, Dilma se encontra com o secretário do Tesouro
dos EUA, Henry Paulson. O
norte-americano teria demonstrado interesse nos projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Paulson teria se espantado
com a ausência de empresas
norte-americanas nas licitações para a concessão de rodovias brasileiras, por exemplo, e
com o predomínio de europeus
nos investimentos em turismo.
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