São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2008

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Bush recebe empresários do Brasil e dos EUA para incentivar negócios

Na pauta, reforma tributária e diminuição da burocracia entre os dois países

SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON

O presidente George W. Bush recebe hoje na Casa Branca representantes de pesos-pesados de empresas brasileiras e norte-americanas que discutirão, entre outros assuntos, mudanças tributárias, parceria público-privada e diminuição da burocracia na relação entre os dois países. Estarão na reunião os ministros brasileiros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Miguel Jorge (Desenvolvimento).
O encontro será o ponto principal da programação do 2º Fórum de CEOs Brasil-EUA, que contará com dirigentes de 20 das maiores empresas dos dois países, na capital norte-americana. Segundo funcionário do Itamaraty familiar com os preparativos da reunião dos empresários, bitributação e problemas na concessão de vistos estão no topo da agenda.
Sobre o primeiro assunto, os representantes dos respectivos governos devem apresentar relatório -feito a partir de encontro em março, em Brasília, de funcionários do Tesouro americano e da Receita Federal- que conclui que as dificuldades para um acordo são grandes, principalmente pelas diferenças de legislação e pela exigência dos EUA de uma maior abertura de dados do Brasil.
A concessão de vistos é outra questão a ser discutida. Os brasileiros reclamam da demora; os americanos, de que há limite de cinco anos nos vistos para empresários. Os EUA prometerão abertura de novos consulados e contratação de funcionários. O Brasil acenará com a nova Lei do Estrangeiro, que prevê visto de dez anos.
Josué Gomes da Silva, da Coteminas, e Tim Solso, da Cummings, representarão seus colegas no encontro com Bush.
"O encontro é uma oportunidade única de juntar a energia e o conhecimento dos líderes do setor privado ao diálogo bilateral", disse Tony Fratto, porta-voz interino da Casa Branca.
O Fórum dos CEOs se reuniu pela primeira vez em outubro de 2007, em Brasília, quando os empresários foram recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Granja do Torto.

Paulson e o PAC
Ainda hoje, Dilma se encontra com o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson. O norte-americano teria demonstrado interesse nos projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Paulson teria se espantado com a ausência de empresas norte-americanas nas licitações para a concessão de rodovias brasileiras, por exemplo, e com o predomínio de europeus nos investimentos em turismo.


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