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Temor sobre gripe suína afeta mercados; Bovespa cai 2%
Papéis de companhias aéreas e
frigoríficos são mais atingidos
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O surto de gripe suína favoreceu as especulações no mercado ontem. E a última semana
de abril começou com as ações
em baixa. Após as valorizações
acumuladas pelas principais
Bolsas de Valores neste mês, os
pregões de ontem foram fracos.
A Bovespa, que é destaque de
ganhos no ano, esteve entre as
Bolsas que mais perderam ontem, ao sofrer desvalorização
de 2,04%.
O que se viu ontem foi investidores vendendo ações e comprando títulos do Tesouro dos
Estados Unidos e dólar -o que
fez com que a moeda norte-americana subisse pelo mundo.
Em relação ao real, o dólar teve
apreciação de 1,28% e encerrou
as operações vendido a R$ 2,22.
Nos Estados Unidos, as ações
de companhias aéreas estiveram entre as que mais perderam, com os temores de queda
no turismo devido à gripe suína. O índice Dow Jones registrou baixa de 0,64%, e a Bolsa
eletrônica Nasdaq caiu 0,88%.
Na Bolsa brasileira, entre as
maiores baixas do pregão apareceram as ações do frigorífico
JBS, com recuo de 12,23%, e da
companhia aérea TAM, que recuaram 6,06%.
"A gripe suína e o medo de
pandemia começaram a assustar os mercados. Na Bovespa,
como tivemos uma sexta-feira
com altos índices, era esperado
que atravessasse um dia com
realizações, influenciado fortemente pelo desempenho das
Bolsas europeias e americanas", afirma Mário Battistel, diretor da Fair Corretora.
O recuo das commodities no
mercado internacional foi justificado por analistas como
sendo reflexo do temor de que o
comércio mundial, já afetado
pela crise, sofra desaceleração
ainda maior em decorrência
das dúvidas que há sobre o alcance da gripe suína.
O petróleo se depreciou em
2,74% em Nova York, cotado a
US$ 50,14. As ações da Petrobras acompanharam o movimento e fecharam com queda
de 2,11% (PN) e 2,43% (ON).
Os papéis das empresas brasileiras que seguem o desempenho das commodities metálicas
também terminaram com baixa. Usiminas PNA foi a que
mais perdeu no segmento
(-5,56%), seguida por Companhia Siderúrgica Nacional ON
(-3,19%) e Vale PNA (-2,78%).
A Bovespa, que atingiu na
sexta os 46.771 pontos -maior
nível desde o início de outubro-, desceu ontem para os
45.819 pontos. No mês, no entanto, a valorização da Bovespa
no mês permanece em níveis
elevados, em 11,96%.
O dia negativo não impediu
que algumas ações brasileiras
tivessem altas bastante elevadas. As ações da VCP e da Aracruz deram continuidade à escalada vista nos últimos pregões. O papel da VCP saltou
9,85%, e o da Aracruz, 9,54%.
Ontem, o Goldman Sachs elevou sua recomendação para as
ações da VCP. Os papéis das
duas companhias têm subido
com expectativas de aumento
de preços e demanda no segmento em que atuam.
Outro destaque foi a Sadia,
que reagiu à informação de que
voltou a negociar com a Perdigão. A ação da Sadia subiu
7,67%. Já Perdigão caiu 1,34%.
Os mercados agora começam
a concentrar as atenções na
reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária), que anunciará amanhã como fica a taxa
básica de juros da economia. A
Selic está em 11,25% e a maioria
do mercado projeta que seja
cortada para 10,25%.
No pregão da BM&F, os contratos que mostram as projeções para os juros recuaram ontem. No contrato que vence na
virada do mês, a taxa caiu de
10,96% para 10,88%.
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