UOL


São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

RECEITA ORTODOXA

Para pessoas jurídicas, taxa média também subiu, de 38,1% ao ano em março para 39% em abril, diz BC

Juro do cheque especial é o maior desde 99

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A taxa de juros cobrada pela utilização do cheque especial atingiu 178,5% ao ano em abril, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Essa é a maior taxa desde abril de 1999, quando os juros dessas operações estavam em 193,7% ao ano.
Os juros médios cobrados nos empréstimos a pessoas físicas tiveram ligeira queda no mês passado, de 87,3% ao ano para 86,3% ao ano. A alta foi verificada nas operações com pessoas jurídicas, que registraram juros médios de 39% ao ano, contra os 38,1% ao ano do mês anterior.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, justificou a elevação como reflexo do aumento do crédito às empresas, principalmente em operações de mais curto prazo, que possuem juros maiores.
O maior custo dos empréstimos foi consequência da alta no spread bancário (diferença entre a taxa de captação dos bancos e a taxa cobrada dos clientes).
Apesar da taxa de captação ter apresentado ligeira queda em abril, os bancos não repassaram essa redução para os clientes e, ao contrário, aumentaram o spread de 33,2% para 34,1% ao ano. "O maior componente na formação do spread bancário é a margem de lucro das instituições financeiras", afirmou Lopes.
As operações de crédito pessoal também ficaram mais caras. A taxa média atingiu 102,0% ao ano, um aumento de 1,4 ponto percentual em relação ao mês anterior.
A taxa de juros da operações de hot money, que tiveram uma demanda maior por parte das empresas, subiram de 58,6% para 60,5% ao ano em abril. A alta dos juros também foi sentida nas transações de desconto de duplicata, que passaram de 57,1% ao ano para 58,8% ao ano.
Nas operações de desconto de promissórias, a elevação do custo ficou ainda maior. Com um aumento de 5,9 pontos percentuais na taxa, os juros para esses empréstimos passaram de 65,9% para 71,8% ao ano. Os recursos para capital de giro foram negociados a uma taxa menor, de 45,8% ao ano contra os 47,4% em março.
A conta garantida, que funciona como cheque especial das empresas, ficou com juros menores.


Texto Anterior: Carros: GM anuncia 1,3% de reajuste em sua tabela
Próximo Texto: Consumidor afirma que é credor de cartão
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.