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Venda global de jornais cresce, apesar da crise
Circulação avança 1,3% em 2008 e chega
a 540 milhões de exemplares diários
Venda de jornais no Brasil
aumentou 5% em 2008;
1,9 bilhão de pessoas leem
jornais diariamente no
mundo, afirma pesquisa
DA REDAÇÃO
Apesar da crise que abateu
boa parte da economia global, a
circulação mundial de jornais
continuou a se expandir no ano
passado. De acordo com a WAN
(Associação Mundial de Jornais), o avanço registrado no
ano passado foi de 1,3%.
A venda diária de jornais chegou a quase 540 milhões de
exemplares em 2008, 8 milhões
de unidades a mais do que no
ano anterior, quando a circulação global tinha crescido 2,6%.
A expansão ocorreu devido ao
aumento da circulação na África (6,9%), na Ásia (2,9%) e na
América do Sul (1,8%).
No Brasil, como tem acontecido nos últimos anos, o crescimento das vendas superou a
média mundial. A circulação
diária no país avançou 5% em
2008 em relação ao ano anterior, atingindo 4,35 milhões de
exemplares. Em 2007, a expansão havia sido de 11,8%, segundo dados do IVC (Instituto Verificador de Circulação).
Já os mercados dos EUA, da
Europa e da Austrália encolheram no ano passado, mas, para
Gavin O'Reilly, presidente da
WAN, essa queda "não mostra
toda a história, já que as companhias jornalísticas nesses locais adotaram tecnologias digitais para aumentar ainda mais
o alcance da sua audiência".
Ainda de acordo com a associação, o número de pessoas
que leem uma publicação diária
subiu para 1,9 bilhão, 200 milhões a mais do que em 2007, e
os jornais alcançam 41% mais
adultos que a internet.
"Os jornais continuam sendo
um meio de massa global a ser
levado em conta, alcançando a
média de cerca de um terço da
população mundial", disse o
presidente da WAN.
"Então, se nós somos uma indústria em declínio, a definição
de declínio é estranha. Nós somos uma indústria com pesado
alcance global e que obtém receitas pesadas."
No ano passado, as receitas
dos jornais impressos diários
com publicidade representaram 37% do total mundial, de
acordo com a entidade, ante
29% em 2007.
Para O'Reilly, a previsão de
que os jornais irão morrer alcançou o nível de um novo esporte. "Que esse maldizer e essas sombras sobre a nossa indústria tenham passado praticamente sem respostas é, para
mim, um dos casos mais bizarros de automutilação voluntária da história da indústria."
Segundo o presidente da
WAN, é um erro dizer que o futuro dos jornais está na internet, "excluindo praticamente
todo o resto. Isso é simplificar
demais uma questão bastante
complexa". O'Reilly afirma que
o problema não deve ficar concentrado entre escolher os jornais impressos ou a internet. "É
bastante provável que os consumidores sejam capazes de fazer múltiplas escolhas."
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